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Em Marketing para profissionais (veja mais 113 artigos nesta área)

por Eng. Ênio Padilha

Lições trazidas do atletismo



Durante quase dez anos, na minha juventude, eu pratiquei atletismo. Primeiro na equipe da minha cidade, Rio do Sul, e depois na equipe de atletismo de Florianópolis, uma das mais fortes do Brasil. Eu corria os 800 metros (1min54s21) e os 1.500 metros (3min58s02).

Aprendi muita coisa no atletismo. E tento aplicar tudo, desde 1986, na minha carreira profissional de engenheiro e depois de professor, palestrante, autor de livros e empreendedor.


(1) Só é possível aplicar treinamento de alto rendimento em atletas que tenham feito um bom treinamento de base. Não dá pra queimar etapas. Se você quer disputar campeonatos importantes precisa, no início da temporada, de um longo trabalho de base para que o corpo esteja preparado para receber a carga de treinamento intenso nos meses que precedem a grande competição.

No trabalho e na vida também é assim. A cada nova temporada (cada novo ano) é preciso refazer o trabalho de base. Ler livros, revistas técnicas, atualizar-se sobre a legislação, conversar com pessoas inteligentes, participar de palestras e cursos... para estar "tinindo" quando os trabalhos importantes começarem a chegar

(2) O repouso, para o atleta, é tão importante quanto o treinamento em si. Se o atleta for muito ansioso (ou indisciplinado) e não cumprir o correto programa de repouso entre os treinos, todo o trabalho pode ser perdido.

Ficar no escritório até muito tarde ou virar noites para concluir um trabalho não é uma atitude de profissional. É coisa de estudante que ainda não aprendeu a organizar e administrar o tempo. É preciso descansar na medida certa, dar o devido repouso para o corpo e, principalmente, para a cabeça. Desligar-se do trabalho durante algumas horas por dia e um ou dois dias na semana.

Durante o repouso o atleta regenera a força e resistência dos seus músculos. Durante o repouso o profissional de Engenharia ou de Arquitetura permite que algumas ideias se acomodem no cérebro, produzindo insights importantes.

(3) Talento não é tudo. Disciplina é essencial. Talento é importante. Os atletas que se destacam são sempre muito talentosos. O talento é um recurso sobre o qual se constrói um campeão. Mas a disciplina e a repetição de gestos e movimentos é fundamental para criar a propriocepção (capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão).

É melhor treinar pouco todos os dias do que treinar muito apenas uma vez por semana. Esta é uma regra de ouro no esporte. É incrível como tanta gente a transgride no exercício de suas profissões.

Quanto mais criativa for a pessoa, menos ela aceita a ideia de repetir indefinidamente um trabalho ou exercício. Mas é preciso entender que isto é necessário.

Aristóteles dizia que "você é aquilo que você repetidamente faz. Excelência não é um evento. É um hábito". Isso vale para o atletismo (assim como para qualquer esporte). E vale também para o exercício de qualquer profissão. Se você quer ficar (realmente) bom em alguma coisa, se quer atingir o nível de excelência, precisa aceitar o fato de que precisa praticar diariamente. Repetir os gestos e práticas por mais vezes do que o confortável. E preciso ir muito além da zona do prazer. É preciso ter disciplina.

(4) Motivação é importante. Mas dados, informação e conhecimento fazem toda a diferença. Um treinador precisa ser capaz de manter o atleta motivado. O atleta tem de ser capaz de se automotivar para o enfrentamento das dificuldades naturais do treinamento diário. Mas é preciso coletar dados em todos os treinamentos, É preciso coletar dados sobre os adversários, nas competições, é preciso coletar dados biométricos e muitos outros. Depois é preciso transformar esses dados em informação. Organizá-los, colocar em tabelas, planilhas, listas... para, por fim, obter o Conhecimento, o entendimento daquilo tudo e a capacidade de interpretar e antever os resultados de uma competição e "saber quais botões devem ser apertados... e quando".

É o conhecimento, que dá ao conjunto atleta/treinador a sabedoria para tomar as melhores decisões durante os treinamentos e, principalmente, no dia da competição.

Discursos motivadores são tiros de alto impacto e curta distância. É uma bomba de efeito moral. Já o domínio do conhecimento é uma arma de longo alcance e efeitos profundos.

(5) O respeito aos adversários é essencial. É um dos ingredientes mais importantes para fazer a beleza do esporte.

Uma coisa que você aprende muito cedo na prática do esporte é que o seu adversário também treina muito. Também enfrenta as mesmas dificuldades que você tem de enfrentar todos os dias. Também sai do treinamento extenuado e que muitas vezes também tem vontade de desistir de tudo.

Quando você encontra o seu adversário, na pista, não pode supor que ele tem uma vida fácil ou que ele não luta, todos os dias, com os mesmos dragões que você enfrenta. Devemos respeitar e admirar nossos adversários. E agradecê-los por nos conceder a honra de poder enfrentá-los.

Nunca devemos nos esquecer de que é a qualidade dos nossos adversários que determina o valor e a importância das nossas vitórias.

Na vida profissional você também precisa aprender a respeitar e admirar os seus competidores. A carreira esportiva passa. Os negócios passam. Os amigos que você faz e as relações que você constrói no esporte e no trabalho são coisas pra vida toda.

(6) Grandes conquistas nunca ocorrem por acaso. São decorrentes de estratégia, organização, planejamento, concentração, foco, empenho e muita disciplina. São essas forças que transformam talento em sucesso.

Os brasileiros não valorizam o planejamento a organização e o método. Geralmente pessoas que têm esses hábitos são consideradas chatas e inconvenientes. Mas uma competição difícil precisa ser precedida de um longo planejamento, baseado numa estratégia eficaz, com a melhor exploração possível dos recursos disponíveis e com total disciplina dos envolvidos.

Todas as provas têm, no mínimo, três etapas: a largada, o desenvolvimento e a chegada. Nos 100 metros rasos a largada dura 2 segundos. Numa maratona são praticamente três quilômetros. Tudo precisa ser minuciosamente estudado. Nada deve ser decidido na hora. Um bom atleta entra na pista com uma estratégia que sempre contempla um plano B (muitas vezes, até com um plano C).

Por que na vida profissional seria diferente? Na Engenharia e na Arquitetura, o ato de planejar não se limita ao fazer o projeto apenas. É preciso planejar o processo da produção e da abordagem do mercado. E sempre com planos alternativos, para não ter de interromper a marcha enquanto decide o que fazer, no caso de alguma coisa não sair conforme o planejado.

(7) As grandes conquistas não são individuais. Mesmo no atletismo (que é um esporte essencialmente individual) as conquistas não são obtidas por uma única pessoa. Muita gente contribui para que você cruze a linha de chegada em primeiro lugar. O seu treinador, a sua família, a equipe de suporte, o nutricionista, o cozinheiro, a pessoa que limpa o vestiário o cara da manutenção que garante um chuveiro funcionando depois do treino e a pista em perfeitas condições de treino. Todos merecem consideração, respeito e agradecimento. Todos devem fazer parte da página de créditos do seu trabalho.

Em todos os meus trabalhos, desde os primeiros projetos, nos idos de 1986, todas as pessoas do escritório eram citadas numa página de créditos que eu criei na memória descritiva dos projetos.

(8) Ninguém supera seus próprios limites. Embora seja um discurso dominante, essa ideia de que os grandes atletas superam seus limites é apenas uma frase de efeito e sem sentido.

O que o atleta faz é obter uma performance muito próxima do seu limite. Se um maratonista tem condições de correr a prova em duas horas e ele corre a prova em 2h02min (seria o recorde mundial) ele não superou os seus limites. Pelo contrário. ficou até bem longe disso. Limite é o máximo que você pode extrair de um atleta ou de um profissional. Quase todo mundo opera dentro do seu limite. Se um atleta passar do seu limite ele morre na pista. Simples assim. Aliás, a história do esporte está repleta desses casos.

É preciso muito autoconhecimento. Quanto melhor você conhecer o seu próprio potencial mais você saberá o quanto pode forçar o seu corpo ou a sua mente. Com o atletismo eu aprendi a diferença entre uma preguiça, um mal estar, um incômodo, uma dorzinha, uma dor forte ou um princípio de estiramento ou luxação. Não é inteligente seguir adiante num treino se você pisou num buraco e acabou de torcer o tornozelo. Mas você não pode parar apenas porque está se sentindo cansado ou está sentindo dor. No esporte e na vida é importante saber quando dá para ir mais longe, quando é preciso parar ou ceder ou mudar o plano.

Os bons atletas atuam em áreas muito próximas dos seus limites. Porque eles sabem onde esse limite se encontra.

(9) Tão importante quanto reconhecer, admirar e respeitar o seu adversário, é preciso conhecê-lo bem. Essa é uma regra de ouro no esporte e que precisa ser levada para a vida profissional. Não se pode esperar vitórias quando se luta de olhos vendados. Se eu não sei quem é meu adversário, quais as suas qualidades, quais os seus conhecimentos, habilidades e atributos, eu não estou nem de longe preparado para a disputa, por mais bem treinado que eu possa estar.

O conhecimento do concorrente contribui para a autoconfiança e é fator determinante para o estabelecimento de estratégias inteligentes e eficazes. E, na vida profissional, assim como no esporte, para conhecer bem o adversário é preciso ter proximidade. Ser amigo dele mantê-lo perto o bastante para que você possa ter dele dados e informações que importam.

(10) Na competição você é testado, mas é no treinamento que você se desenvolve. Essa é, talvez a questão mais importante, porque existe uma diferença muito grande entre o esporte e a vida profissional. No esporte a maior parte do tempo o atleta está treinando e as competições são eventos pontuais. Na vida profissional a competição é diária. O tempo inteiro estamos enfrentando as tais horas da verdade. É muito comum que o profissional se esqueça que é preciso tirar tempo para treinar. Se preparar para ficar melhor.

Treinar, nesse caso (nessa analogia) significa ler livros, ler revistas técnicas, participar de palestras, cursos, seminários, congressos, conversar com gente inteligente, desenvolver pesquisas, aprofundar estudos.

Um profissional não pode ser puramente utilitarista. Envolver-se apenas em atividades que geram resultados práticos e imediatos. É preciso desenvolver também as questões mais filosóficas e de fundamentos.




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