Áreas de Atuação
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A TriGeo atua em todas as áreas referentes à construção em desnível, veja um pequeno resumo das atividades:
PROJETO, PARECER TÉCNICO E CONSULTORIA
- Fundações, Escoramento, Muro de Arrimo e Contenção
- Estabilização de Taludes e Recalque
- Aterros Sanitários, Resíduos Sólidos e Lagoa de Estabilização
- Terraplenagem, Aterro e Escavações
- Drenagem e Canalização de Córregos
- Parcelamento do Solo
- Pavimentação e Piso Industrial
- Estradas, Vias e Acessos
- Barragens e Diques
PARECER TÉCNICO SOBRE PROPRIEDADES, PARÂMETROS E COMPORTAMENTO DOS SOLOS
- Programação de Investigações Geotécnicas
- Perfil Geológico Geotécnico
- Poços de Inspeção e Coleta de Amostras
- Caracterização de Solos Tropicais
- Parâmetros de Compactação
- Resistência ao Cisalhamento - Ensaios Triaxiais
- Permeabilidade e Infiltração
- Índice Suporte Califórnia (CBR)
- Compressibilidade e Adensamento
- Expansibilidade e Colapsividade
ACOMPANHAMENTO TÉCNICO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE OBRAS
- Direção Técnica de Fundações e Contenções
- Estabilização de Taludes
- Avaliação de Recalques e Deslocamentos
- Controle Tecnológico de Aterros, Pisos e Pavimentação
- Definição de Níveis de Alerta e Segurança
- Projeto e Acompanhamento de Instrumentação
- Fluxo de Água e Contaminação do Lençol Freático
- Rebaixamento e Flutuação do Lençol Freático
OUTRAS ATIVIDADES
- Assessoria e Consultoria de Solos
- Investigações Geotécnicas, Sondagens, Ensaios Geotécnicos e Instrumentação
- Estabilização de Taludes e Encostas
- Fundação de Edifícios, Pontes, Reservatório e Silos
- Obras de Contenção e Retaludamento
- Muro de Arrimo, Gabiões e Solo Reforçado
- Obras de Terra, Terraplenagem e Pavimentação
- Controle Tecnológico de Aterro e Pavimentação
- Loteamento Residencial e Industrial (GRAPROHAB)
- Controle de Erosão, Inundação e Assoreamento
- Drenagem Superficial e Interna de Maciços
- Pavimentação e Piso Industrial
- Canalização e Proteção de Córregos
- Estudos de Área de Empréstimo, Jazidas e de Bota-Fora
- Aterro Sanitário e Aterros de Resíduos Sólidos (EIA, RIMA e CETESB)
- Barragem, Diques e Lagoas de Estabilização
- Estradas, Ferrovias e Aeroportos
- Estudo de Impacto Ambiental
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Temos a honra de contar com a TriGeo como coordenador desta seção trazendo
a inestimável colaboração do Engº Mauro Hernandez Lozano.
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- Fundada pelo Engº Mauro Hernandez Lozano, e inspirada na Ciência Trilógica, que unifica a ciência, a filosofia e a metafísica, a Dýnamis tem como Missão oferecer prestação de serviços geotécnicos com Excelência.
- Nas obras de infraestrutura é de suma importância conhecer as características, propriedades e comportamento dos materiais do subsolo.
Para tanto, a Dýnamis dispõe de equipamentos de campo e laboratório básicos para condução de qualquer serviço geotécnico desde as investigação geotécnica e equipe técnica terceirizada e especializada no acompanhamento e controle de qualidade dos serviços de campo, laboratório e escritório.
Formada por equipe que possui 30 anos de realizações em trabalhos envolvendo a geotecnia, nosso diferencial está nas investigações geológico-geotécnicas e controle tecnológico, que conferem economia e segurança aos projetos e obras.
- A Dýnamis está capacitada a oferecer tecnologia de vanguarda com soluções rápidas, criativas, eficientes, seguras e econômicas. Os produtos Dýnamis são desenvolvidos através de um sistema inovador no controle de qualidade de projetos e consultoria em Engenharia Geotécnica.
A modalidade de empreendedorismo escolhida pela Dýnamis surge para fazer diferença no atendimento e relacionamento com clientes e fornecedores.
Filosofia
A Dýnamis tem como filosofia praticar Engenharia Geotécnica de uma forma diferenciada, onde os problemas são tratados de forma transparente, desde as dificuldades nas investigações geotécnicas até a avaliação dos resultados da obra.
Concluída a fase de investigações e caracterizado o problema do ponto de vista geotécnico entendemos ser indispensável ao cliente o conhecimento da causa ou origem do problema, objeto daquela intervenção geotécnica.
A Dýnamis julga ser importante que a sociedade tenha não apenas a solução do problema, mas, também, o conhecimento das incertezas geotécnicas que justificam as investigações e a avaliação de desempenho.
Entendemos ser esta a melhor forma para, conjuntamente com o interessado, escolher a melhor solução técnica e econômica para o problema.
É nossa filosofia também desenvolver nossos serviços de acordo com o Ciclo de Qualidade com uma visão sistêmica na realização dos produtos de acordo com as normas NBR da ISO. |
Contatos
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Site:
E-mail:
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Dynamis Engenharia Geotécnica
Rua Visconde de Ourém, 282 - Jd. Aeroporto
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São Paulo - SP - Brasil
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Artigos relacionados
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Recorrentemente a todo final/início de ano repete-se a mesma novela: enchentes e
Nesse livro são discutidos os principais problemas urbanos vinculados às relações das cidades com seu meio fisiográfico de suporte e sugeridos 12 projetos de lei que ajudariam muito, se adotados, seu melhor equacionamento. Entre esses projetos de lei destaca-se a proposição de um Código Florestal específico para o espaço urbano.
Além dos trágicos desastres associados a enchentes e deslizamentos, mais conhecidos por sua ampla repercussão jornalística, as cidades brasileiras arcam com vários outros graves e crônicos problemas decorrentes de erros técnicos cometidos na ocupação de seus espaços territoriais.
Diferentemente dos países com vulcanismo ativo, terremotos, furacões, tempestades tropicais cíclicas e outros poderosos agentes da Natureza, no Brasil as áreas de risco estão inequivocamente associadas a erros humanos na ocupação de terrenos geológica, geotécnica ou hidrologicamente mais sensíveis e instáveis.
De repente, todas as discussões sobre políticas públicas ambientais para as cidades passaram a destacar, e muitas a priorizar, o combate ao aquecimento global no âmbito das bandeiras voltadas à melhoria da qualidade ambiental urbana.
Não se deixem levar por explicações que culpabilizam os moradores de áreas de risco pela decisão de ocupar terrenos impróprios para receber moradias, via de regra terrenos de alta declividade e margens de córregos.
Os conflitos judiciais envolvendo ocupações de algumas feições geológicas e ecológicas de grande importância ambiental, como dunas, restingas, manguezais, veredas, várzeas, áreas úmidas, tem se multiplicado exponencialmente nos últimos anos, na mesma escala do crescimento de nossas cidades litorâneas e interiores.
Recorrentemente, à época das chuvas mais intensas, quando então todos os problemas de risco se agudizam, o noticiário jornalístico é pródigo no anúncio de tragédias familiares e mortes por soterramentos e afogamentos, situações sempre vinculadas a deslizamentos em terrenos de alta declividade e solapamentos em margens de cursos d’água.
Especialmente após a abertura da primeira pista da Rodovia dos Imigrantes, com seu trecho de serra inaugurado no ano de 1976, a qual, como filosofia de projeto, fez a opção por se desenvolver por túneis e viadutos como expediente de interferir o mínimo possível nas instáveis encostas da Serra do Mar, a engenharia viária brasileira experimentou um notável avanço tecnológico na transposição de regiões serranas tropicais.
Grande parte de nossos ambientalistas, por falta de uma mais acurada observação de fundamentos técnico-científicos teóricos e práticos, vem cometendo grave erro ao se preocuparem apenas com as questões associadas à proteção de nascentes e matas ciliares no contexto de suas lutas e propostas para recuperação e preservação de nossos recursos hídricos.
O muro de arrimo é um procedimento da construção que mais gera dúvidas do que as resolve. O conceito, apesar de simples, é repleto de pormenores.
A canalização dos cursos d'água em centros urbanos é uma intervenção necessária para aumentar a capacidade de vazão de córregos em áreas que sofrem com enchentes, solapamento das margens e erosão.
Desde os primórdios da civilização humana o homem realizava obras. Mesmo para as mais modestas, ele precisava ter, no mínimo, noções básicas do comportamento do solo para que sua construção fosse bem-sucedida e que suas necessidades fossem atendidas.
O solo é um dos componentes mais importantes em uma obra de engenharia, pois é responsável por dar suporte às construções. Por isso, para um bom desempenho da edificação, é fundamental um bom projeto geotécnico.
Atualmente, a geração de resíduos é um dos maiores problemas enfrentados no nosso país, principalmente, nos grandes centros urbanos. A falta de locais apropriados para a sua disposição e técnicas que apresentam valores cada vez mais elevados para seu tratamento são cada vez mais difíceis de serem implementadas.
Em atendimento a solicitação a mim feita pela arquiteta Sol Camacho, como suporte a projeto que desenvolve tendo como tema o estádio do Pacaembu, fiz um “mergulho” em pesquisas sobre essa odisseia arquitetônica paulista, com base em que elaborei esse artigo, o qual reputo bastante oportuno para exemplificar as indispensáveis boas relações entre a Arquitetura/Urbanismo e a Geologia.
Nesse nosso Brasil de sinais trocados o governador Dória anuncia, mais uma vez, um projeto de despoluição do rio Pinheiros. Para tanto seriam implantadas algumas medidas para melhorar o saneamento básico da bacia hidrográfica desse maltratado canal de dejetos em que foi transformado o rio Pinheiros.
A imponente escarpa da Serra do Mar, responsável, por obséquio de sua topografia acidentada, pela conservação do pouco que nos resta da Mata Atlântica na região sudeste brasileira, cumpre uma espetacular função ambiental, determinante na equação climática regional.
Recorrentemente, a todo final/início de ano repete-se a mesma novela: enchentes e quedas de árvores trazendo incômodos e tragédias para a população urbana.
Ainda que, por decorrência lógica, imagine que questão aqui tratada deva expressar-se de forma similar nos mais variados campos da engenharia brasileira, devo, por segurança e coerência, restringir seu alcance ao campo da Engenharia Geotécnica, área em que milito profissionalmente já há mais de 5 décadas.
As recentes tragédias de Mariana, Brumadinho, os problemas ocorridos e anunciados com viadutos em São Paulo, e tantos eventos da mesma natureza já ocorridos no país, em que são contabilizados um enorme número de mortos e prejuízos sociais incalculáveis, têm suscitado diversas avaliações focadas nos mais diversos aspectos técnicos e gerenciais envolvidos.
Lembro-me com imensa saudade de meu querido pai, Dr. Brasílio, médico clínico geral e cirurgião na pequena Batatais, região da Alta Mogiana, Estado de São Paulo.
Os conflitos judiciais envolvendo ocupações em áreas de dunas e restingas tem se multiplicado exponencialmente nos últimos anos, na mesma escala do crescimento de nossas cidades litorâneas, com especial destaque para o setor do turismo e do lazer.
Os enormes prejuízos econômicos e patrimoniais, as perdas de vidas humanas e os incríveis transtornos na vida de milhares de cidadãos por conseqüência das interrupções ou estrangulamentos de tráfego resultantes de “quedas de barreiras” em nossas estradas, têm já se tornado, desgraçadamente, fatos comuns e aguardados em nossos verões chuvosos.
Diferentemente de países com vulcanismo ativo, terremotos, furacões, tempestades tropicais cíclicas e outros poderosos agentes da Natureza, no Brasil as áreas de risco estão inequivocamente associadas a erros humanos na ocupação de terrenos geológica, geotécnica ou hidrológicamente mais sensíveis e instáveis.
Como o tema é bastante delicado preciso de início salientar que o conteúdo desse artigo não expressa uma crítica a quem quer que seja, mas sim trata-se de uma análise factual com que pretendo alertar o meio técnico da geotecnia brasileira, suas associações técnico-profissionais em especial, para a necessidade de uma profunda revisão de sua cultura técnico-associativa.
A geotecnia estuda o comportamento do solo e das rochas em decorrência das ações do homem. Não há construção sem um prévio estudo geotécnico
A cada nova eleição renovam-se as esperanças de que algo de mais efetivo vá ser feito no combate às enchentes que castigam a Bacia do Alto Tietê, o que vale dizer, a Região Metropolitana de São Paulo.
A cada nova eleição renovam-se as esperanças de que algo de mais efetivo será feito no combate às enchentes que castigam a bacia do Alto Tietê, o que equivale a dizer: que castigam a região metropolitana de São Paulo.
De uma forma geral e comum os Programas de Habitação articulados e implementados pelo poder público, especialmente o municipal e o estadual, expõem uma enorme insuficiência na consideração de algumas questões de fundo essenciais para a sua correta concepção.
Queremos ressaltar neste artigo que os aterros são tidos por grande parte da sociedade, ai inclui-se; os engenheiros civis, arquitetos e geólogos de engenharia, envolvidos ou comprometidos em obras de aterro, que essa opinião ou compreensão aqui apresentada não é tão obvia ou transparente, clara ou considerada verdadeira.
A cada novo período chuvoso voltam às manchetes as mortes e sinistros associados a deslizamentos de encostas e enchentes.
Já em sua versão anterior (1965), e persistindo em sua atual versão (2012), o Código Florestal tem sido pródigo na geração de intrincados conflitos técnicos e jurídicos decorrentes dos diferentes entendimentos e tratamentos sugeridos por suas disposições sobre as nascentes.
Uma considerável seqüência de acidentes em obras de engenharia, seqüência pontuada pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana – MG, tem trazido à tona e revelado um alto grau de confusões conceituais sobre o papel da fiscalização técnica promovida por órgãos de governo em empreendimentos de engenharia privados e públicos.
Algum tempo atrás alertava em artigo sobre os riscos de perderem força na Geotecnia brasileira (Geologia de Engenharia + Engenharia Geotécnica) as análises fenomenológicas, a partir das quais, com naturalidade, chegar-se-ia às melhores soluções para os problemas enfrentados.
A revelação dos esquemas de corrupção na Petrobrás com participação ostensiva de funcionários de carreira, o conturbado e sinuoso desencaminhamento da discussão sobre o novo Código de Mineração.
Não resta dúvida da determinante participação de inaceitáveis descuidos com fatores de ordem hidráulica e geotécnica entre as causas essenciais do rompimento de duas barragens de rejeito da SAMARCO (Vale + BHP Billiton) no município de Mariana – MG, e que vai tragicamente se consagrando como uma dos mais graves e letais desastres em obras da engenharia brasileira.
O projeto de terraplenagem é geralmente contratado equivocadamente. Pois nossa cultura leva-nos a contratar apenas um projeto que poderíamos chamar de projeto geométrico.
Existe uma quantidade razoável de artigos e livros técnicos dedicados a ressaltar as diretas relações entre as cidades e o meio físico geológico em que se instalam e o qual modificam.
Praticamente qualquer obra de engenharia civil depende dos conhecimentos do setor especifico do projeto de engenharia civil denominado de engenharia geotecnia.
Os recentes acontecimentos de Salvador, com 15 mortos por deslizamentos em áreas de nítido e reconhecido alto risco geológico/geotécnico, obrigam-nos a um exercício de reflexão sobre as atuais circunstâncias que envolvem esses recorrentes acontecimentos.
Praticamente qualquer obra de engenharia civil depende dos conhecimentos do setor especifico do projeto de engenharia civil denominado de engenharia geotecnia. Para desenvolver o projeto e obra geotécnica é imprescindível conhecer o Ciclo de Produção ou Qualidade da Engenharia Geotécnica apresentado na figura abaixo.
As enchentes têm se repetido de forma devastadora nesse ano em São Paulo. Vidas, patrimônios, a saúde e o cotidiano de milhões de cidadãos são, a cada chuva de verão, consumidos em águas pútridas e lamacentas de forma trágica.
Praticamente qualquer obra de engenharia civil depende dos conhecimentos do setor específico do projeto de engenharia civil denominado de engenharia geotecnia.
Esses tempos de crise hídrica em vários regiões e centros urbanos do país tem virtuosamente servido a um despertar de leigos e especialistas para certos aspectos de ordem hidrológica que somente não se destacaram antes porque nessas mesmas regiões que hoje sofrem com a falta do recurso hídrico predominava uma certa cultura da bonança hídrica, no âmbito da qual era inimaginável uma circunstância de escassez grave e prolongada.
Pode-se dizer que já existe entre os profissionais que lidam com a questão urbana um pleno consenso acerca da impropriedade do atual Código Florestal no que se refere à sua aplicação ao espaço urbano.
A seqüência de grandes enchentes que vêm infernizando a vida da grande metrópole paulista deveria, ao menos, convencer o governo paulista e os prefeitos metropolitanos sobre o flagrante fracasso de uma estratégia de combate às inundações baseada exclusivamente nas medidas ditas estruturais de alargamento e aprofundamento de calhas de rios, canalizações e construção de piscinões.
Além dos trágicos desastres associados a enchentes e deslizamentos, mais conhecidos por sua ampla repercussão jornalística, as cidades brasileiras arcam com vários outros graves e crônicos problemas decorrentes de erros técnicos cometidos na ocupação de espaços urbanos.
Nesse final/início de ano a população paulistana sofre os graves efeitos de um verdadeiro paradoxo hídrico, uma crise de fornecimento de água tratada por decorrência do esgotamento de seus sistemas de captação e o retorno do flagelo das enchentes urbanas por decorrência do fracasso dos programas que vêm sendo adotados para seu combate.
As enchentes urbanas tem sua principal causa na incapacidade das cidades em reter suas águas de chuva, o que as faz, pela impermeabilização generalizada de sua superfície, lançar essas águas em enormes e crescentes volumes, e em tempos progressivamente reduzidos, sobre um sistema de drenagem que não mais lhes consegue dar a devida vazão.
Estaria a engenharia brasileira cometendo um grave erro contra si própria e contra seu país se, por excessivo zelo corporativo, não se movesse a refletir e transparentemente discutir as causas essenciais da recorrência de acidentes e não conformidades técnicas em obras de sua responsabilidade direta, como bem exemplifica o recente caso do colapso de viaduto ocorrido em Belo Horizonte.
O problema
Pela primeira vez o texto do novo Plano Diretor de São Paulo (e talvez pela primeira vez um Plano Diretor municipal no Brasil) poderá se referir explicitamente à Carta Geotécnica como um documento básico para as ações de uso e ocupação do solo urbano.
Marcando a transição da tração animal para a tração motorizada (advento do trem e do automóvel), agitado período que se estendeu da segunda metade do séc. XIX às primeiras décadas do séc. XX, procedeu-se em todo o mundo uma verdadeira revolução técnica no que diz respeito aos parâmetros básicos de projeto para as obras de infraestrutura viária.
Os Aterros de AP nos casos de taludes e muros de arrimo também são de pouco emprego ainda nos dias de hoje.Nos casos de muros de arrimo, o emprego do Aterro de AP já é conhecido há muito tempo, porém pouco praticado e é, denominado de o “muro de arrimo de solo cimento”.
É de suma importância para o sucesso de um empreendimento uma boa programação de investigações geológicas geotécnicas que identificaremos como IGG.
O Aterro de Alta Performance em obras / projetos de fundação é uma solução de conhecimento bastante antigo, denominada de troca de solo. Ou seja, no caso de uma sapata, por exemplo, onde o solo presente (ou local) apresentasse baixa resistência, era executada uma escavação até certa profundidade, seguido de um reaterro compactado, que poderia viabilizar a solução em sapatas.
Os Aterros de Alta Performance (Aterro de AP) para pisos industriais são praticados de forma ainda tímida. O que observamos, é um enfoque no concreto e um hiato no conhecimento sobre a Engenharia Geotécnica.
O uso do penetrômetro agregado a sondagens a trado e percussão, seguido de ensaios de compactação com diversas situações, condições e composições, permitirá que um Aterro de Alta Performance (AP - ler artigo anterior) venha atender às solicitações de carregamento, climáticas e estruturais entre os solos de fundação e a estrutura sobrejacente, caso a caso.
Com mais de 35 anos de experiências na área de Engenharia Geotécnica, lançamos o Aterro de Alta Performance (Aterro AP).
Como já o mais simples calendário de papelaria alertava, adentramos no sul-sudeste brasileiro o período chuvoso crítico que anualmente tem marcado a região por terríveis tragédias associadas a enchentes e deslizamentos.
Pela desatenção técnica com que são comumente executadas as obras de terraplenagem (cortes/aterros) podem ser consideradas o “patinho feio” da Geotecnia brasileira. Salvo no caso grandes barragens de terra, onde fortes exigências técnicas estão já classicamente consagradas, a terraplenagem é costumeiramente considerada o serviço inicial “sujo” e tecnologicamente nada nobre, a ser realizado normalmente por terceiros, serviço ao qual não importa dar muita atenção, e com o qual não cabe ter muita preocupação além das prévias e burocráticas definições de alguns ângulos de talude e alguns critérios de compactação, quando muito.
Considerando-se que os gravíssimos problemas urbanos associados a áreas de risco, enchentes, deslizamentos, contaminação de solos e de águas superficiais e subterrâneas, degradações ambientais, e que tanto rebaixam a qualidade de vida dos paulistanos, tem sua origem causal na incompatibilidade entre as técnicas de ocupação urbana utilizadas pela cidade em crescimento, desde suas remotas origens, e as características geológicas, geotécnicas e hidrológicas dos terrenos sucessivamente ocupados, sugere boa expectativa os termos da minuta do projeto de lei do Plano Diretor Estratégico do município de São Paulo recém posta a discussão pública pelo Prefeito Haddad.
O longo e radical processo de esvaziamento tecnológico do estado brasileiro vem passando ao largo das atenções da sociedade e, desgraçadamente, de seus representantes nos três grandes poderes da república. Mas, certamente, não suas gravíssimas consequências, ainda que nem sempre percebidas em uma relação direta de causa e efeito.
Os equipamentos utilizados em obras de terraplenagem, a operação de limpeza, as escavações ou cortes e, principalmente, os aterros, são via de regra realizados sem os devidos critérios geotécnicos.
A investigação prévia de situações de cunho geológico, geotécnico e ambiental que possam criar problemas futuros para a plena e livre utilização construtiva de um terreno é essencial na prevenção de prejuízos financeiros, patrimoniais e de imagem institucional:
Em seu primeiro dia de governo o prefeito Fenando Haddad anunciou um pacote de 16 medidas emergenciais para a redução dos danos das enchentes na capital paulista durante o atual período chuvoso.
Adentramos no sul-sudeste brasileiro o período chuvoso crítico que anualmente tem marcado a região por terríveis tragédias associadas a enchentes e deslizamentos.
Qualquer intenção mais consistente em obter sucesso no enfrentamento das enchentes urbanas exigirá de nossos novos prefeitos a compreensão e adoção de três premissas básicas.
O lixo urbano irregularmente lançado ou disposto tem sido apontado por um sem número de vozes como o responsável maior pelas enchentes. Essa tese tem sido insistentemente sustentada por autoridades públicas, com acrítica aceitação por boa parte da mídia e, pasmem, pela própria população de nossas cidades.
Os colegas geotécnicos (engenheiros geotécnicos e geólogos de engenharia) que me lêem por certo tem testemunhado pessoalmente casos de empreendimentos (dos mais variados tipos) que em sua implantação estão a cometer erros geotécnicos crassos, os quais, por sua natureza, agridem nossa racionalidade técnica e nossa consciência profissional.
Para termos uma pálida idéia da dimensão dos problemas decorrentes do descarte irregular do entulho inerte de construção civil (ECC) tenha-se em conta que em todo o país algo em torno de 70% do enorme volume de entulho gerado é disposto clandestinamente em terrenos baldios, margens e leitos de córregos, grotas e encostas de alta declividade, laterais de ruas desertas e de bairros periféricos, estradas rurais peri-urbanas e, quando não, no silêncio das madrugadas, até em vias e espaços urbanos já consolidados.
Instado por colegas, que consideram uma mais ampla veiculação do tema de grande utilidade e pertinência, animo-me a trazer novamente à baila as importantes singularidades técnicas de nossos solos superficiais.. Conservar intacta a camada superficial de solos, evitando revolvê-la ou removê-la: no âmbito da Geologia e da Agronomia talvez não haja recomendação técnica mais simples e importante do que essa para orientar as atividades humanas no meio urbano e no meio rural.
Os graves e recorrentes problemas de ordem geológico-geotécnica-hidrológica que têm vitimado milhares de brasileiros, como processos de enchentes, deslizamentos de taludes e encostas, solapamentos de margens de curso d’água e orlas litorâneas, têm tido sua principal origem na incompatibilidade entre as técnicas de ocupação urbana e as características geológicas e geotécnicas dos terrenos onde são implantadas.
O meio técnico brasileiro, geólogos, engenheiros geotécnicos, geógrafos, urbanistas, hidrólogos, profissionais de defesa civil, etc., que lida diretamente com os problemas associados a áreas de risco, enchentes e deslizamentos, saudou efusivamente a aprovação da Lei nº 12.608, de 10 de abril de 2012.
Há poucos dias o Governador Geraldo Alckmin deu surpreendente e reveladora declaração à imprensa: a prioridade do governo no combate às enchentes estaria em construir mais dezenas de piscinões e, através de operações de desassoreamento, transformar o Tietê também em um grande “piscinão”, recuperando sua capacidade de vazão de 2005, ano da conclusão das últimas obras de ampliação da calha, 1.048 m³ por segundo nas proximidades do Cebolão.
A rede brasileira de estradas de rodagem alcança um total de aproximadamente 1.750.000 quilômetros, dos quais cerca de 1.580.000 correspondem a estradas vicinais e rurais de terra.
Em janeiro de 2012, o ainda prefeito Gilberto Kassab sancionou a Lei 15.442/2011, pela qual há um aumento das multas a serem aplicadas a proprietários ou locatários de imóveis cuja calçada frontal esteja esburacada ou deteriorada.
Duas situações demonstram o gravíssimo e temerário erro que a administração pública brasileira está cometendo na definição de seus focos estratégicos para a gestão dos trágicos problemas associados a deslizamentos e enchentes urbanas no país. A insistência nesse erro resultará na continuidade da exposição de milhares de brasileiros aos recorrentes e letais acidentes que a cada ano registram-se em escala crescente em centenas de municípios do país.
As águas voltam e com elas os problemas de inundações e deslizamentos de solos. Quando a sociedade terá adquirido maturidade social para mitigar os problemas de erosão e deslizamentos desta época do ano?
Os graves e recorrentes problemas de ordem geológico-geotécnica que têm vitimado milhares de brasileiros, como processos de erosão/ assoreamento/ enchentes e deslizamentos de taludes e encostas, têm tido sua principal origem na incompatibilidade entre as técnicas de ocupação urbana e as características geológicas e geotécnicas dos terrenos onde são implantadas.
Começaram em sua natural abundância as chuvas que desde priscas eras incidem no sudeste brasileiro nos meses de novembro a março. E já as cidades da região sofrem com novas enchentes. Diga-se de passagem, enchentes a cada ano mais freqüentes, de maior intensidade e atingindo locais em que nunca haviam antes ocorrido.
Poucos dizem ou sabem que qualquer obra de engenharia esta em risco de ruína (utilização) ou de serviço. Muitos, por intuição, sabiam, mas não desejam admitir ou considerar tal risco.
Conforme Dr. José Carlos de Freitas 1º Promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital/SP em seu trabalho apresentado no III SIBRADEN – Simpósio Brasileiro de Desastres Naturais e 13º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental em 02 a 06 de novembro de 2011 - Local: São Paulo / SP, conceitua o que é desastres naturais e tragédia (drama), como sendo:
Esse é o terceiro artigo de uma série de textos dedicados à demonstração da importância das medidas ditas não estruturais no combate às enchentes urbanas. Esses textos estão concebidos para, o mais didaticamente quanto o espaço permite, demonstrar a imperiosa necessidade da adoção de uma nova cultura técnica para a gestão dos problemas urbanos e orientar ações que podem perfeitamente ser adotadas pela sociedade e pelas administrações públicas e privadas desde já, por sua simples deliberação, sem nenhuma necessidade burocrática que as desestimule a tanto.
Saber o que causou a trinca em uma edificação é imprescindível para solucionar o problema. Ou seja, se não diagnosticar a origem do problema não estaremos, provavelmente, resolvendo-o. Será apenas uma questão de sorte e azar, um jogo, e não engenharia civil geotécnica.
Com o artigo anterior, ENCHENTES: NÃO TIREM A SERAPILHEIRA, iniciamos uma série de textos dedicados à demonstração da importância das medidas ditas não estruturais no combate às enchentes urbanas. Esses textos estão concebidos para, o mais didaticamente quanto o espaço permite, orientar ações técnicas que podem perfeitamente ser adotadas pela sociedade e pelas administrações públicas desde já, por sua simples deliberação, sem nenhuma necessidade burocrática que os desestimule a tanto.
Vamos já de início explicar o que é a serapilheira, e porque ela pode ser considerada o símbolo das medidas ditas não estruturais de combate às enchentes. Bem, de quebra vamos todos também saber que as medidas não estruturais são aquelas que, inteligentemente, atacam diretamente as causas das enchentes e não somente suas conseqüências.
Apesar do projeto de um loteamento ser submetido à aprovação de órgãos públicos isto não é garantia de que os problemas geotécnicos não irão ocorrer.
Ainda que com jurisdição extensiva as cidades, todos têm já plena consciência que o Código Florestal de 1965, como resoluções dele decorrentes, em especial a Resolução Conama 303 reguladora das APPs – Áreas de Proteção Permanente, é de inspiração rural, sendo conceitualmente inadequado para a regulação florestal e ambiental do singular espaço urbano.
As chuvas são geralmente causa preponderante na ocorrência de deslizamentos. O efeito grandeza desta influência depende, dentre outros fatores, das condições climáticas, da topografia local, da estrutura geológica das encostas e da permeabilidade do solo.
Para explicar aos pasmos a surpreendente superioridade eleitoral de Clinton sobre o velho Bush nas eleições de 1992, o estrategista eleitoral dos democratas, James Carville, cunhou a frase que viria a ficar famosa: “É a economia, estúpido!”. Na verdade, uma melhor tradução para a língua portuguesa falada no Brasil seria algo como “É a economia, sua múmia!”
"Só uns poucos tomam, por todos os demais, o encargo nobre e pleno de responsabilidade de custodiar a escritura sagrada da Terra, de lê-la e interpretá-la, pois o enlace consciente do homem com sua estrela está confiado a uma ciência em especial... GEOLOGIA". Hans Closs-(1885- 1951)
Devido às graves conseqüências que qualquer escorregamento pode causar para populações circunvizinhas, o estudo da estabilidade de encostas naturais é um dos grandes desafios da engenharia geotécnica. Apesar da estabilidade de alguns taludes ser comprometida pela ação humana, há um grande o número de escorregamentos que ocorrem sem uma causa aparentemente clara.
Ao dar atenção prioritária aos sistemas de alerta pluviométrico, alguns homens de governo vêm revelando um perigoso mau entendimento sobre qual deveria ser o real foco estratégico dos programas voltados a evitar tragédias geológicas como as que têm ocorrido desde há muito em nossas cidades serranas.
A polêmica arrasta-se há já mais de 10 anos e a duplicação da Rodovia Régis Bittencourt no trecho paulista da cabeceira da Serra do Mar, localmente sob a denominação de Serra do Cafezal, compreendido entre os quilômetros 336 e 367, ainda está a depender do resultado de complicadas decisões judiciais ou, em uma alternativa mais virtuosa e breve, do bom senso dos empreendedores.
Os graves e recorrentes problemas de ordem geológico-geotécnica que têm vitimado milhares de brasileiros, como processos de erosão/assoreamento/enchentes, acidentes associados a deslizamentos de taludes e encostas, produção maciça de áreas de risco, têm tido sua principal origem na incompatibilidade entre as técnicas de ocupação urbana e as características geológicas e geotécnicas dos terrenos onde são implantadas.
O agente deflagrador dos deslizamentos de solos e a erosão é a chuva. Ressalta-se que já havia fatores predisponentes para tal evento e que poderiam ser previsíveis.
Os trágicos acontecimentos que abalaram a região serrana do Rio trouxeram novamente à tona a discussão sobre a reforma do Código Ambiental. Besteiras e seriedades têm sido ditas apaixonadamente de lado a lado.
Os solos reforçados são hoje as melhores soluções para muros, contenções e estabilização de taludes. Os muros convencionais de blocos de concreto com contrafortes e, principalmente, os muros de concreto armado estão condenados ao desuso.
A continuar a omissão e/ou a insuficiência e/ou a impropriedade das ações públicas no tratamento dos gravíssimos problemas associados à ocorrência de enchentes e deslizamentos de encostas não há dúvida, as tragédias tenderão a se ampliar em sua intensidade, freqüência e letalidade.
Ao menos aprender definitivamente a lição: caso os empreendimentos humanos não levem em conta, desde seu projeto até sua implantação e operação, as características dos materiais e dos processos geológicos naturais com que vão interferir e interagir, é certo que a Natureza reagirá com conseqüências extremamente onerosas social e financeiramente, e muitas vezes trágicas no que diz respeito à perda de vidas humanas.
Água não se cria, acumula-se. Para tal, administra-se. Isto por que, independente da ocorrência imediata, ela é fundamental à Vida, ao Ambiente, às atividades econômicas. Há que se ter um suprir com constância, em quantidade e qualidade. Assim, há que se calcular necessidades e disponibilidades. Dentro das necessidades está o grupamento populacional, o nível de vida praticado, a cultura em relação a água.
Costuma-se dizer que as chuvas causaram problemas: na pavimentação, na contenção, no muro de arrimo, na barragem, no deslizamento, de erosão, inundação e etc. Entretanto, na linguagem tecnicamente correta a chuva não causa o problema, mas sim o deflagra. Qual seria a importância disto para sociedade?
Colegas geotécnicos (geólogos de engenharia e engenheiros geotécnicos) e de demais especialidades implicadas, essas últimas tragédias têm nos chamado a atenção sobre a importância em termos mais cuidado em definir como geotecnicamente estáveis certas feições de relevo de topografia mais suave junto ao sopé de nossas regiões serranas tropicais.
Após mais de 10 anos de amadurecimento na necessidade de treinar técnicos e engenheiros para a área de engenharia civil geotécnica e observando a necessidade crescente de mercado em função do desenvolvimento econômico na construção civil estamos ressaltamos neste artigo a necessidade de cursos livres de engenharia civil geotécnica.
Em sã consciência não há hoje quem ponha em dúvida a fundamental importância dos projetos de engenharia, ou quaisquer outras intervenções humanas, lato sensu, sobre o planeta, levarem em plena consideração as características geológicas estáticas e dinâmicas dos terrenos geológicos por eles afetados.
O novo período chuvoso se aproxima. Diante das recorrentes tragédias de anos passados, quando centenas de brasileiros perderam estupidamente suas vidas em deslizamentos e enchentes que ocorreram em diversos estados e cidades brasileiras, que providências terão sido então responsavelmente tomadas pelas autoridades públicas para, se não desejavelmente evitar, ao menos reduzir a ocorrência desses eventos e minimizar suas conseqüências?
Como muitas áreas da engenharia nacional, a Geotecnia (Engenharia Geotécnica e Geologia de Engenharia) está sendo surpreendida por um notável nível de demanda de trabalhos, decorrência direta do novo surto de desenvolvimento econômico que se consolida e movimenta o país em todos seus campos de atividade.
Foi impressionante a quantidade de ocorrências de deslizamentos de solos no verão passado, assim como a gravidade de muitas delas, com perdas de centenas de vidas e patrimônio publico e privado.
Angra dos Reis, Rio, Niterói, São Paulo, Salvador, e agora Recife, Maceió e várias cidades pernambucanas e alagoanas. O ano de 2010 tem sido pródigo em tragédias geológicas e geotécnicas que, recorrentemente, vêm tragando estupidamente sob barro e água centenas de vidas de cidadãos brasileiros.
As recorrentes tragédias geotécnicas que vêm se abatendo sobre municípios brasileiros tiveram ao menos como saldo positivo, e esperamos irreversível, a consciência geral sobre a importância em se ter em conta as características geológicas e geotécnicas dos terrenos na regulação técnica do uso do solo urbano.
No dia 30 de maio comemora-se internacionalmente o Dia do Geólogo. Diferentemente de vários países do mundo, onde a atividade profissional do Geólogo é já entendida em sua enorme importância para o Homem, tem sido regra em nosso país que esse dia passe praticamente despercebido pela sociedade, reflexo do ainda precário conhecimento que esta sociedade tem sobre a atividade de seus geólogos.
A entrada do ano de 2010 foi acompanhada por catástrofes em deslizamentos de solos e isto se vem desenrolando há mais de três meses. Cabe refletir se estas são naturais ou seriam previsíveis.
As recorrentes tragédias geotécnicas que têm anualmente ceifado a vida de centenas de cidadãos brasileiros estamparam clara e definitivamente a necessidade da administração pública brasileira ter em conta as características geológicas dos terrenos na definição e aplicação dos critérios de regulação técnica do crescimento urbano.
Todos reconhecem que as chuvas são a principal causa dos deslizamentos. Mas poucos sabem que as chuvas apenas provocam os deslizamentos se existirem agentes predisponentes nos maciços dos taludes. Outra questão interessante é que as chuvas podem causar deslizamentos segundo duas circunstâncias bem diferentes.
Ainda sob o impacto dos recentes e lamentáveis incidentes que atingiram vários pontos de nosso país ao final do ano de 2.009 – e que persistem nestes primeiros meses de 2.010 - vemo-nos, mais uma vez, perante a necessidade de retornar ao tema-título deste artigo, já desenvolvido, por nós e vários colegas, em inúmeras outras oportunidades, infelizmente, porém, sem a contrapartida da repercussão em termos práticos, que o assunto deveria merecer.
Como um “carma” já desgraçadamente internalizado pela sociedade brasileira, especialmente por suas autoridades públicas e privadas e por sua mídia, repetem-se anualmente à época das chuvas mais intensas as tragédias familiares com terríveis mortes por soterramentos. A dor e o sofrimento causados por essas tragédias expressam uma crueldade ainda maior ao entendermos que poderia ser plenamente evitadas.
Para se combater exitosamente um problema, conhecer e eliminar suas causas. No caso das enchentes metropolitanas os sucessivos governos - estado e municípios - têm desconsiderado totalmente esse preceito metodológico básico e concentrado suas ações e atenções na busca de uma solução hidráulica simplista que, como panacéia tecnológica, lhes aliviasse do pesado ônus político de responder pelas calamidades públicas associadas ao problema.
Os problemas de deslizamentos – que estão, dia a dia, mais comuns – são, em última instância, decorrentes da ausência da aplicação da engenharia civil geotécnica. O Brasil dispõe de um considerável manancial de engenheiros e geólogos, dotados de capacidade técnica, acadêmica e pratica, além de possuir várias empresas executoras de projetos e de obras, aptas a atender a esse tipo de demanda, ou seja, deslizamentos de terra, quedas de muros de arrimo e de várias modalidades de contenções.
Considerando a forma como a construção dos piscinões no município de São Paulo tem sido conduzida posso imaginar que o título acima também poderia ser: “A indústria dos piscinões” ou ainda “A máfia dos piscinões”. Tomando conhecimento de dois processos recentes para contratação de piscinões pela SIURB da Prefeitura e somando ao histórico sobre esse assunto que já conhecia senti necessidade de escrever esse texto.
Pode-se dizer que os primeiros muros de arrimo eram ecológicos. Pois, não dispunham da tecnologia “moderna” que utiliza o aço e concreto para construção.
A Norma da ABNT NBR-11682, válida a partir de 21/09/09, obriga execução em Estabilidade de Encosta. Esta norma levou mais de 5 anos de trabalho de especialistas em engenharia geotécnica, acadêmicos e práticos, passou pelos tramites da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), e agora é lei. Pois, pelo artigo 39 do código do consumidor, estas normas têm força de lei.
Especialmente nas áreas urbanas as intervenções diretas e indiretas (poluição, extração, depleção) sobre a água subterrânea têm atingido níveis alarmantes, com conseqüências gravíssimas tanto sobre o próprio recurso hídrico, entendido como manancial de boa água para a sociedade, como sobre o comportamento geotécnico dos terrenos afetados por variações do Nível d’Água advindas de sobre-exploração do recurso ou de operações de rebaixamento forçado do lençol associadas à implantação de obras civis.
Especialmente a partir da formulação e da aplicação da legislação ambiental protetora de mananciais a questão da definição teórica de uma nascente e de sua identificação e interpretação exata em campo apresentou-se como uma demanda frequente ao corpo técnico afim, geólogos, hidrogeólogos, geógrafos, hidrólogos.
Fosse sua topografia um pouco mais suave e suas encostas mais estáveis, por certo a Serra do Mar, com suas maravilhosas e generosas características naturais, teria já sido, a exemplo de outras regiões que lhe são limítrofes, totalmente desmatada e desfigurada.
A bioengenharia é a integração dos conhecimentos de engenharia civil, agronômica e a biologia de modo a ser completa a ação de estabilizar as camadas superficiais dos solos sob ações erosivas das águas e de deslizamentos.
Nas chuvas desse último verão coube especialmente ao estado de Santa Catarina, com destaque de suas cidades do Vale do Itajaí, demonstrar tragicamente ao país os elementares erros de compatibilidade que em muitas situações vêm repetidamente se estabelecendo entre as expansões urbanas e as características geológicas e geotécnicas das áreas que estão sendo ocupadas.
O recente rompimento da Barragem de Algodões, no Piauí, com vítimas fatais e enormes perdas patrimoniais, soma-se a uma série de acidentes graves e trágicos que vêm com freqüência acontecendo no país trazendo enormes prejuízos à sociedade e envergonhando a engenharia brasileira.
Em tempos em que se prega a conveniência e a importância de nossa Arquitetura adotar os preceitos da sustentabilidade, vale considerar alguns aspectos essenciais dessa qualificação, até para que algum desavisado não imagine tê-la adotado apenas por abolir cortinas, recomendar a instalação de aquecedores solares e exigir madeira certificada em seus projetos.
A construção com terra têm mostrado sua versatilidade através dos séculos. Em todos os recantos do mundo, as técnicas construtivas surgiram em quase todas as civilizações do passado e expandiram-se através das invasões e colonizações, comuns na história da Humanidade.
Nestas últimas semanas, trazida por manifestações de autoridades públicas e privadas, e com intensa repercussão nas mídias todas, vem recrudescendo na sociedade paulista a tese que aponta o lixo urbano irregularmente lançado como o fator responsável maior por nossas enchentes.
Felix qui potuit rerum cognoscere causas. (Feliz o que poude conhecer as causas das coisas).
Conservar intacta a camada superficial de solos, evitando revolvê-la ou removê-la: No âmbito da Geologia de Engenharia e da Agronomia talvez não haja recomendação técnica mais simples e importante do que essa para orientar as atividades humanas no meio urbano e no meio rural.
A estabilização de taludes naturais, de corte ou de aterros compactados talvez seja a demanda mais comum do grande universo das obras da Engenharia Geotécnica. Seja em obras viárias, em barragens, em mineração, em canalização de cursos d’água, em terraplenos para instalações industriais ou comerciais, em zonas de expansão urbana, em escavação de valas, em encostas naturais de regiões serranas, etc., lá estão os taludes a representar ameaças graves e reais para a implantação e a operação dos serviços pretendidos.
"Os fatos são o ar da ciência e sem eles um cientista não pode progredir. Quando estiver observando, experimentando, não se contente com a superfície das coisas. Não se transforme num mero anotador de dados, tente penetrar no mistério de sua origem".Pavlov.
Enchentes, mortes, desabrigados, prejuízos de toda ordem.
Há muito tempo tem-se falado da importância de execução de ensaios de laboratório para definição dos parâmetros de resistência no projeto de taludes e contenções, e, que tais informações gerariam economia e segurança.
A tragédia geológica que, a propósito de chuvas intensíssimas, abateu-se sobre a população de várias cidades de Santa Catarina atinge a sociedade brasileira pela dor das mortes e tanto sofrimento humano, mas também como pungente peça acusatória pela histórica e acomodada omissão dos agentes sociais públicos e privados que a poderiam ter evitado.
Está sendo utilizado pela primeira vez no Brasil, uma tecnologia pioneira na estabilização de áreas com baixa capacidade de suporte e que apresentam camadas profundas de solos moles. A técnica consiste na introdução de colunas de brita por vibrocompactação que penetram no solo, conferindo a estabilidade necessária para a construção, com extraordinário ganho de eficiência, quando comparado com os processos convencionais.
Um aterro para alargamento de pista poderia ser a razão de trincas longitudinais ao longo de uma rodovia. Um parecer técnico indicava esta possibilidade, porém, sem ter havido uma investigação geotécnica laborial.
Problema: Em função da ação da água e da inexistência de uma plataforma
A assessoria técnica às obras de engenharia geotécnica e uma prestação de serviço sobejamente conhecida pelos engenheiros civis mais experientes. Entretanto, este trabalho tem, por diversas razões, que não cabem aqui explicitá-las, faltado durante as realizações das obras.
Case - obra de duplicação no trecho Linha Verde / Maçarico da Rodovia MG-10*
O intenso processo de urbanização desde anos 70, a falta de uma política habitacional e social adequada, associado a um processo de impunidades profissionais têm levado os grandes centros urbanos a ocupações urbanas, principalmente populares, a graves situações de risco geotécnico.
A engenharia geotécnica tem que ser integral para não criar patologias. A sua aplicação sem considerar a intuição pode ser catastrófica.A origem da patologia em engenharia geotécnica (contenções, taludes, fundações, barragens, e outras) em nosso ver, esta relacionada a diversos fatores, mas um é o principal e essencial trata-se da intuição, percepção, bom senso ou senso crítico.
Os recalques provenientes do rebaixamento do lençol freático têm sido muito comuns ultimamente, tendo dado origem inclusive a freqüentes demandas judiciais. Ora, o problema é sobejamente conhecido da engenharia geotécnica e poderia ter sido evitado com a aplicação das técnicas recomendáveis.
Há muito aterro sendo feito de forma inadequada por aí, sob as mais variadas justificativas. Porém, sem tecnologia correta, cria-se um mito que não condiz com a verdade. Seja qual for o volume de aterro, qual seja o solo do local e das possibilidades de áreas de empréstimo (de onde se remove o solo), há um procedimento executivo de engenharia civil geotécnica adequado, que proporcionará economia e segurança.
A sondagem a percussão é também chamada de de “Simples reconhecimento” ou, ainda, de “Sondagem SPT”. Este nome vem da abreviação dos termos ingleses “Standard Penetration Test”, ou seja, “Teste de Penetração Padrão”. Este processo é muito usado para conhecer o sub-solo fornecendo subsídios indispensáveis para escolher o tipo de fundação. Conheça um pouco mais sobre este teste tão importante para a Arquitetura e a Construção Civil.
O terreno faz parte integrante de qualquer construção, afinal é ele que dá sustentação ao peso e também determina características fundamentais do projeto em função de seu perfil e de características físicas como elevação, drenagem e localização. No que tange à mecânica dos solos, é é importante conhecer os três tipos básicos de solos: arenoso, siltoso e argiloso.
O projeto de engenharia civil de um loteamento, mais especificamente a especialidade de engenharia geotécnica, é desenvolvida pela sociedade sobre uma visão compartimentada.
Acompanhe o desenvolvimento de um projeto de contenção de solo com o sistema de grampeamento.
Na época de chuvas é comum ocorrer os deslizamentos ou escorregamentos de taludes e encostas, em zonas urbanizadas estas ocorrências são mais graves, pois envolvem vidas humanas.
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Currículo
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Mauro Hernandez Lozano
Engenheiro Civil pelo Mackenzie (1977) com Pós-Graduação e Extensão na EPUSP (1978/1980) na área de Mecânica dos Solos, Obras de Terra e Fundações.
Como engenheiro civil especializado em geotecnia, a partir de 1987 atuou em escritório próprio elaborando projetos, direção técnica de obras e prestação de serviços de consultoria. Fundou a TriGeo Engenharia Geotécnica S/C Ltda. em 1988, sendo até hoje seu responsável técnico.
Trabalhou na GH Engenharia de 1985 a 1988, na função de coordenador de projetos na área de Geotecnia, e no CNEC de 1976 a 1985, como engenheiro de solos.
Foi responsável técnico de diversas Campanhas de Investigações Geotécnicas de Campo e Laboratório.
Na sua atuação como Engenheiro Geotécnico entre os principais trabalhos realizados destacam-se as áreas de Barragens e Obras Hidráulicas, Saneamento e Proteção Ambiental, Projetos Industriais e de Edificações, Estradas, Vias e Acessos, Loteamentos e Conjuntos Habitacionais.
Dentre as Atividades Desenvolvidas, destacam-se estudos de percolação d'água, estudos de estabilidade de taludes (aterro e cortes) e encostas, sistemas de drenagem superficial e subterrânea, projetos de proteção superficial contra erosão, reforços de taludes e de fundações de edifícios e em solos moles, projetos de terraplenagem, infra-estrutura ferroviária, pisos industriais, pavimentação, aterros de ponta e hidráulicos, definição de dispositivos de controle de percolação pela fundação e pelo maciço de barragens, projetos de instrumentação, sistemas de rebaixamento do lençol freático, cálculos de tensões em muros de arrimo, canalizações e bueiros, travessias por processos destrutivos e não-destrutivos, estudos de túneis e escavação a céu aberto, especificações técnicas, métodos e etapas construtivas e critérios de projetos, medições e pagamento.
Participou de diversos congressos e seminários, Publicou Trabalhos no XIII Seminário de Grandes Barragens, Rio de Janeiro, 1980; no III Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia, Camboriú, SC, 1981; Symposiumn Weak Rock, Tóquio, 1981;no Simpósio da Bacia do Alto Paraná, São Paulo, 1983.
Exerceu, 1978 a 2003, Atividade Didática na Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, como professor da disciplina de Mecânica dos Solos, Obras de Terra e Fundações.
Participa de Associações Técnicas como: ABMS, ABGE, CBGB, IDU (Diretor Técnico).
É sócio Fundador e Vice-Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Projetos e Consultoria de Engenharia Geotécnica - ABEG.
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