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Em Carreiras de Sucesso (veja mais 12 artigos nesta área)

Em Santos, arquiteta concilia família e profissão sem mistérios



Cristina Campos participa da Casa Natal. Após criar os filhos, decidiu assumir a profissão e, em 10 anos, construiu sua carreira, consagrou seu nome e tornou-se uma referência de sucesso, dedicação e conscientização profissional
Casar, ter filhos, cuidar da família foi, durante muito tempo, a prioridade na vida de Cristina de Almeida França Soares Campos, nascida em Franca/SP. No entanto, chegou um momento em que ela quis mais. Formada em Arquitetura e Urbanismo desde 1982, pela Universidade de Mogi das Cruzes, decidiu exercer sua profissão em 1995. Dez anos foram suficientes para cultivar o sucesso, novos projetos e conquistas. E, o que é mais importante, atuando na cidade de Santos, litoral paulista.

Um dos principais projetos de Cristina Campos pode ser visto na Casa Natal, que este ano acontece em uma casa dos anos 40. “O estilo do imóvel já marca o evento deste ano com um charme muito especial. É uma casa que conta uma história e tem uma vida. E tem uma localização privilegiada, na Vila Rica, exatamente no coração da cidade”, acrescenta a arquiteta.

Nesta entrevista, Cristina Campos relata suas aspirações, realizações, dificuldades e curiosidades que estão consagrando seu nome na Arquitetura e Decoração brasileiras.

O começo

Em que momento você decidiu se lançar definitivamente em sua profissão? E por que em Santos?
Conheci meu marido em Mogi das Cruzes e, após o casamento, viemos morar em Santos. Somente depois do nascimento e crescimento de meus filhos, parti para uma busca profissional, e comecei a investir em minha carreira. Admito: não foi fácil conquistar o espaço que tenho hoje, especialmente por ser de uma outra cidade, o que conta muito em uma sociedade mais conservadora, como temos em Santos.

Quais estratégias e caminhos você optou para construir seu nome? Eu só conhecia a família do meu marido, que era pequena. Então, eu tive que construir o meu nome e meu trabalho sozinha, partindo do zero. Santos é uma cidade de interior, em crescimento, mas todo mundo sabe o que todo mundo faz aqui. Se você faz um trabalho honesto, isso se espalha e você conquista naturalmente o seu espaço. Todo trabalho é uma realização, principalmente se você faz o que gosta, se interessa pelo que faz e, a cada dia, aceita um novo desafio, o sucesso é uma conseqüência natural.

E surgiram os primeiros projetos seguindo essa conduta? Sim. Em 1997, eu já estava participando da Casa Natal, projetando o “hall de circulação”. O evento foi um diferencial em minha carreira. Eu não era daqui, não fiz faculdade aqui. Pude divulgar meu trabalho a partir da Casa Natal. Para mim, profissionalmente, o evento é uma maneira de mostrar o trabalho fora da casa dos clientes. Na nossa profissão, não são todas as pessoas que abrem as portas de sua casa para o todo mundo conhecer.

Consagrando um nome

E como você construiu sua carreira profissional, em apenas 10 anos? Cada arquiteto constrói a sua história e o seu trabalho, seguindo a sua intuição e aproveitando as oportunidades que surge. Santos tem profissionais muito bons, tanto na área de Arquitetura como na Decoração de Interiores. A profissão está cada vez mais valorizada, pois as pessoas estão se voltando ao convívio da casa e procuram maior conforto e os benefícios de uma decoração bem planejada.

Quando eu comecei, em 97, a maioria dos arquitetos que faz a mostra naquele ano continua no evento. Todo esse pessoal está até hoje no mercado, porque faz um trabalho bom. Quem não trabalha bem, acaba saindo rápido. O mercado determina quem fica, de acordo com a qualidade de seus projetos, atendimento e conduta. O sucesso e a consagração de um nome se consegue, hoje, com muito trabalho e dedicação à profissão. Ouvir o cliente, suas necessidades, seu modo de viver e fazer um trabalho criterioso e honesto sempre foi meu objetivo.

Mas como o arquiteto deve manter essa qualidade? O trabalho do arquiteto é pura inspiração, mas também exige muita atualização. A cada mês, aparecem coisas novas no mercado. Você precisa estar muito atento. É preciso ir sempre para São Paulo, que felizmente é perto de nossa cidade. Geralmente, procuramos nos organizar para visitar os eventos realizados na capital. Porque a decoração também virou moda, assim como o que vestimos. Criamos um ambiente hoje, e daqui a alguns anos, notamos que muitas tendências já mudaram. A gente procura fazer para o cliente algo que ele possa mudar depois de dois, três anos, sem gastar muito dinheiro. Você pode mudar alguma coisa - pintar uma parede, mudar uma almofada - e você estará criando uma coisa nova.

Na Casa Natal

Em Santos, a Casa Natal é um estímulo para a evolução do trabalho do arquiteto? Sem dúvida. A Casa Natal é nos concede a oportunidade de mostrar para o mercado o que estamos fazendo, o que está sendo lançado, alguma coisa que nós queremos fazer sem influência do cliente. Porque hoje em dia o cliente não quer só o que o arquiteto propõe. Ele quer opinar. Ele está cada vez mais exigente e participativo. As pessoas querem aplicar bem o seu dinheiro.

E, este ano, como seu trabalho está contribuindo neste evento? Este ano, assumi o projeto do Banheiro do Casal, e optei por um ambiente em estilo mais clássico, com acabamentos em mármore e alguns efeitos visuais, que normalmente não vemos em mostras de decoração Assim, consegui criar um banheiro diferente. Mostrar que em um espaço relativamente pequeno, você pode fazer um banheiro aconchegante e bonito.

Visão de mercado

E, a seu ver, quais as principais tendências em decoração desta temporada? Eu particularmente gosto das linhas retas e dos materiais naturais. Madeira, fibra, tapetes e tecidos de algodão. As fibras sintéticas são mais indicadas para ambientes externos. Persianas também estão em evidência.

Na decoração, o que te atrai mais, ou seja, o que você mais gosta de trabalhar? A parte do trabalho que mais gosta é o projeto. Dimensionar o espaço e depois pensar nele pronto. Imaginar como fica aquela cadeira naquele espaço, aquela parede, aquela divisória, como é que eu posso redimensionar o espaço que já existe e criar uma coisa nova no local.

E nestas idas e vindas a São Paulo, você nota alguma diferença entre os dois mercados? Observo que Santos tem uma característica peculiar. Arquiteto, aqui, não pode pensar em dimensionar o espaço porque existem poucas obras. A cidade cresce para cima. Estamos trabalhando bastante com projetos de interiores. Temos que pegar o espaço já dimensionado e bolar alguma coisa para dentro dele. Santos não tem para onde crescer. Estão investindo bastante em prédios novos, várias construtoras de São Paulo estão vindo com tudo para cá, mas não vamos trabalhar o projeto de uma casa. Só quem trabalha em outras cidades do litoral consegue projetar uma casa.

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