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Em Gerenciamento e Administração de Obras (veja mais 64 artigos nesta área)

por Arq. Iberê M. Campos

Alcoolismo no canteiro de obras é perigo iminente



Já virou até piada no meio, parece que “peão de obra que NÃO bebe tem algum problema”, quando deveria ser justamente ao contrário. O alcoolismo é um problema grave no mundo todo, mas no Brasil assume contornos perigosos em especial na construção civil, que lida com materiais e equipamentos caros e pesados, com risco iminente à integridade física não só do operário mas também de todos os que lá estão.
Além da questão da segurança, o alcoolismo representa diminuição da produtividade e da qualidade das edificações. O uso do álcool é um hábito que pode virar doença, resultando em baixa produtividade, má qualidade do trabalho executado, faltas e atrasos ao serviço, discussões e brigas. Todos estes fatores podem ser indicativos do uso de álcool no trabalho (vide box abaixo). Como toda doença, o alcoolismo deve ser tratado o quanto antes, em especial na construção civil que é repleta de situações de risco, até mesmo para quem está sóbrio, imagine então para alguém que está “com umas a mais”.

Aliás, é importante lembrar que uma única dose de bebida destilada é o suficiente para deixar a pessoa alterada: mesmo que ela não perceba os efeitos, já pode ser considerada incapacitada para as atividades, pois está muito mais sujeita a provocar ou sofrer acidentes de trabalho.

O hábito de “tomar uma de vez em quando” acaba se tornando freqüente e pode levar facilmente ao alcoolismo, que já é considerado uma doença, caracterizada como compulsão pela bebida. O tempo vai passando e a pessoa bebe cada vez mais, não consegue ficar nem mais um dia (ou uma hora) sem ingerir álcool, sob pena de começa a sentir os sintomas da abstinência: tremores, convulsões, alucinações são apenas alguns dos sintomas que pode evoluir para o coma alcoólico e até a morte por acidente ou doença.

Para muitos a bebida acaba funcionando como um atenuante contra o estresse, cansaço e, principalmente, contra a falta de perspectivas pessoais e profissionais. A bebida dá uma sensação que é agradável, mas passageira, e cuja persistência acaba levando a um quadro grave de dependência.

O bêbado fica violento e irritadiço, prejudicando a convivência com os familiares, amigos e colegas de trabalho. Além deste lado social, o alcoólatra está sujeito a uma série de sintomas como perda de memória, raciocínio confuso, falta de coordenação motora, convulsões, dores e queimação nos braços e pernas, sem falar nas doenças ocasionadas como problemas no fígado (cirrose), coração (infarto) e no cérebro (AVC), entre outros problemas. No canteiro de obra a bebida está presente em muitos dos acidentes, pois altera a percepção e os reflexos, mesmo quando consumida em pequenas doses.

Será que alcoolismo tem cura?

Os médicos e demais especialistas no assunto consideram que o alcoolismo é uma doença sem cura, mas que pode ser controlada com acompanhamento médico e, importante, com apoio social e psicológico ao doente e a sua família. Embora fatores genéticos e sociais contribuam, algumas pessoas são mais suscetíveis a desenvolver a doença.

Costuma ser relevado o fato da pessoa “beber socialmente”, ou seja, ingerir bebidas eventualmente, só que pessoas que tem “vida social muito intensa” podem acabar bebendo cada vez mais e tornar-se um alcoólatra. Então, como saber a diferença entre um bebedor eventual e um alcoólatra? A linha de separação é tênue, mas uma grande diferença que deve ser observada é que o dependente necessita da bebida para levar seu dia-a-dia, quer dizer, ele simplesmente não consegue ficar sem beber.

Dentro do serviço, o alcoólatra passa a ser evitado pois além de ser perigoso costuma ser do tipo “chato”, que incomoda os colegas os quais acabam isolando a pessoa. Este isolamento só agrava o quadro que levou ao alcoolismo, pois causa mais depressão e mais dificuldade de relacionamento. Este problema deve ser combatido o quanto antes, o alcoólatra não deve ser marginalizado e perseguido pela falta de compreensão da doença que apresenta, pelo contrário, ele deve ser amparado e atendido.

Atenção e cuidados do empregador

Exames médicos periódicos costumam promover diagnósticos mais precisos quanto à tendência do operário à doença. Entretanto, os encarregados da obra, os que têm um contato mais próximo com os trabalhadores, tem uma excelente ferramenta para identificar problemas executando o chamado DDS (Diálogo Diário de Segurança), onde as equipes são reunidas antes do início do serviço para avaliar as condições de trabalho e o que vem acontecendo na obra. Caso seja percebida alteração de comportamento, o operário suspeito deverá ser afastado de qualquer atividade de risco e ser orientado a buscar ajuda.

Mas onde encontrar ajuda? Um bom ponto de partida é procurar o centro mais próximo do A.A. (Alcoólicos Anônimos) que há décadas vem prestando um inestimável trabalho social para diminuir o alcoolismo entre os brasileiros. O site do A.A. Fica em www.alcoolicosanominos.org.br e o telefone em São Paulo é (11) 3229-3611 Os sindicatos também mantém serviços de apoio e podem ser um auxiliar importante.

Sinais do uso de bebidas alcoólicas

Se você ou algum colega apresentar sintomas de alcoolismo não se envergonhe e não se omita: procure ajuda urgentemente. Identificar o doente, a doença e as suas causas são os primeiros passos para controlá-la. Entre os sintomas mais comuns estão:
• Acidentes freqüentes no trabalho e fora dele
• Constantes faltas ou atrasos
• Saídas freqüentes durante o horário de trabalho
• Não consegue realizar determinadas tarefas
• Diminui a produtividade e a qualidade do serviço executado
• Começa a mentir e pedir dinheiro emprestado com os colegas
• Lentidão ao agir e falar
• Pouca preocupação com a aparência e higiene pessoal
• Estado de excitação, euforia e aumento de energia física;
• Constante alteração de humor
• Tremores nas mãos e câimbras
• Apresenta inchaço e vermelhidão no rosto, em especial no nariz.

Via de regra, o alcoólatra nega que bebe. Mesmo que admita, será muito difícil aceitar que está bebendo em excesso e muito menos que é um doente. Aliás, admitir a doença é o primeiro passo para procurar ajuda e curá-la. Segundo especialistas e o que tenho observado, dificilmente um viciado em álcool, drogas, jogo ou qualquer outra coisa consegue sair do vício sozinho, sem ajuda externa. Compete a todos nós saber identificar o problema e encaminhar os doentes para tratamento. A segurança e a qualidade das obras agradecem.

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