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por Russel Gold

Energia renovável ainda enfrenta obstáculos



A lenta crise na usina nuclear japonesa reacendeu os temores sobre a dependência da energia atômica para gerar eletricidade. A alta do petróleo e da gasolina voltou a esvaziar os bolsos da população. Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama anunciou na semana passada planos para diminuir a dependência dos país do petróleo importado, como o aumento da produção de etanol.

O momento parece favorecer a ascensão da energia renovável — derivada de fontes como a solar, eólica ou de biomassa. Essas fontes têm crescido nos últimos anos, atraindo investidores de peso e alimentando cadeias de suprimento do tamanho de continentes. As tecnologias melhoraram e os custos caíram.

Mas a energia renovável ainda não conseguiu superar críticas que a perseguem há anos: ela continua cara demais para concorrer diretamente com os combustíveis fósseis e depende demais de subsídios governamentais. E a maioria das fontes de energia renovável enfrenta outro grande desafio: boa parte delas é intermitente e ainda não surgiram os avanços tecnológicos que podem torná-la uma provedora de energia confiável e em tempo integral.

A energia eólica — a maior e mais madura entre as fontes de energia renovável que têm emergido — ainda exige subsídios e incentivos governamentais. O custo da energia solar desabou nos últimos anos, mas ela só consegue concorrer com o carvão e o gás natural em poucos mercados onde o preço da eletricidade é alto demais. E as instalações de energia solar que podem gerar tanta energia quanto uma usina de gás natural são gigantescas.

O crescimento rápido na exploração do gás de xisto ocorrido recentemente nos EUA promete manter os preços do gás natural baixos, dificultando ainda mais que as fontes renováveis consigam concorrer.

A energia eólica e a solar ainda não podem fornecer eletricidade sob demanda, uma peça importante do negócio de fornecimento de energia. A eletricidade só flui quando o vento está soprando ou o sol está brilhando. Armazenar a eletricidade para uso futuro é algo difícil e exigirá evoluções tecnológicas consideráveis. "Uma rede elétrica barata que também sirva para armazenar vai mudar tudo", notou recentemente o analista Pavel Molchanov, da Raymond James. Mas ele acrescentou que "isso ainda não está ao alcance das iniciativas atuais de pesquisa e desenvolvimento".

A busca por um combustível que substitua o petróleo ainda engatinha. Transformar milho e cana-de-açúcar em álcool certamente funciona, mas a alta mundial dos alimentos é um incentivo para usar terra fértil no cultivo de comida. As tentativas de converter sobras de madeira, lixo sólido e lavouras energéticas — que produzem combustíveis avançados, derivados de algas e de grama — ainda enfrentam enormes desafios.

Mas as empresas ainda não desistiram da busca por fontes alternativas de petróleo, gás natural e carvão. O mercado de energia é tão grande que garantir até uma fatia pequena representa um potencial tremendo de lucro.

Os governos também continuam interessados nessas fontes. Sair na frente de uma nova indústria mundial pode servir para criar uma fonte de empregos e produção econômica para as próximas gerações. E a energia renovável, como a geotermal e a gerada com a reciclagem de lixo, é mais limpa que a dos combustíveis fósseis usados atualmente, reduzindo as emissões de dióxido de carbono e também de poluentes locais.

A Alemanha e a China foram os países que mais investiram no setor, entre US$ 25 bilhões e US$ 30 bilhões cada em 2009, por empresas que fabricam ou compram equipamentos de energia renovável, e por financiamentos governamentais para a pesquisa e aplicação de tecnologias de energia limpa e de redução do consumo energético. Os EUA ficaram em terceiro com um total de US$ 15 bilhões investidos em 2009, segundo a Ren21, um centro de divulgação de políticas para o setor sediado em Paris.

"A dúvida é: será que a sociedade está disposta a pagar por isso?", diz Frank Wolak, diretor do Programa de Energia e Desenvolvimento Sustentável da Universidade Stanford. E, pergunta ele, por que a sociedade pagaria por isso diante da disponibilidade de combustível fóssil e do quão barato ele é?

Os defensores da energia renovável dizem que os governos devem continuar apoiando o seu crescimento. "Ao gerar eletricidade com fontes renováveis, você está gerando eletricidade livre de emissões [de gases do efeito estufa]. Mas isso é um bônus. Há outros motivos. Há benefícios ao meio ambiente local, à saúde e a qualidade do ar local. Há o benefício econômico da criação de empregos", diz Virginia Sonntag-O'Brien, secretária executiva da Ren21.

Outros reclamam que há um preço a ser pago pela dependência excessiva na energia renovável e que pode se tornar um grande fardo econômico.

"Você está tornando a energia mais cara e aumentando o custo de produção. Você está reduzindo a renda das pessoas, já que o custo dela com energia acaba subindo", diz David W. Kreutzer, pesquisador da Heritage Foundation, sediada em Washington e de tendências de direita.

Isso está mudando aos poucos à medida que as tecnologias de energia renovável ficam mais baratas e eficientes. O secretário de Energia dos EUA, Stephen Chu, disse recentemente que acredita que a energia eólica e a solar não precisarão de subsídios para competir daqui a dez anos.

A escala potencial da energia renovável, e sua dependência do dinheiro e das políticas públicas, pode ser vista no Estado americano do Oregon. A maior fazenda eólica dos EUA está em construção lá, às margens da Garganta do Rio Columbia. Ela tem algumas das maiores e mais avançadas turbinas de vento que estão sendo erguidas. Quando completada, no ano que vem, a fazenda terá a capacidade de fornecer eletricidade para 1 milhão de clientes.

Mas o projeto Shepherds Flat, de US$ 1,9 bilhão, precisou de um empurrão do governo. O Departamento de Energia dos EUA forneceu uma garantia de empréstimo federal de US$ 1,06 bilhão, de modo que a General Electric Co. e a Caithness Development LLC pudessem encontrar financiadores para o projeto. O Tesouro americano vai fornecer uma dotação em dinheiro de US$ 490 milhões assim que a Shepherds Flat estiver concluída e em operação.

Os quilowatts gerados serão comprados pelos próximos 20 anos pela distribuidora Southern California Edison. A empresa, subsidiária da Edison International, se defronta com uma exigência estatal de que 20% de sua eletricidade venha de fontes renováveis, exigência que aumenta para 33% em 2020.

Uma termelétrica a gás natural de tamanho comparável custaria em torno de US$ 685 milhões, ou menos de metade do custo da Shepherds Flat, segundo a consultoria de energia IHS Cera, e não exigiria suporte do governo. Mas, se pode custar mais para construir a fazenda eólica, a usina termelétrica precisaria comprar gás para gerar energia, e os preços do gás natural andaram voláteis na última década.

Para os donos da Shepherds Flat, o custo do vento é zero, e o contrato de 20 anos da Southern California Edison é para um preço fixo de energia que não terá aumento.

Embora as fontes renováveis ainda sejam caras, o preço pode melhorar daqui a vinte anos. "Podemos chegar a um ponto em que olharemos para trás e diremos: 'Uau, como essas fontes renováveis valeram a pena'", disse Mark Ulrich, vice-presidente de renováveis da energética Southern California Edison.



Fonte:The Wall Street Journal


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