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Em Retrofit e Restauração (veja mais 39 artigos nesta área)

por Redação do Fórum da Construção

Retrofit: Entre o antigo e o novo



O conceito de retrofit (retro, em latim, significa movimentar-se para trás e fit, em inglês, se traduz como adaptação e ajuste), trata-se de uma alternativa para reformar e revitalizar um empreendimento, suas instalações e equipamentos, preservando e valorizando a edificação. Mas, afinal, o que difere o retrofit da reforma ou restauração?

A reforma diz respeito a todas as intervenções realizadas em um imóvel, porém, sem o compromisso de manter as características arquitetônicas originais, enquanto a restauração objetiva recompõe o edifício em suas características estéticas e históricas. Já no retrofit é realizada a modernização de instalações e infraestrutura, atendendo às novas demandas, ao mesmo tempo em que se mantêm características originais do partido arquitetônico.

Disseminada em países europeus e também nos Estados Unidos, a prática vem sendo empregada em diversas capitais brasileiras, sobretudo em São Paulo e Rio de Janeiro onde os terrenos em regiões bem localizadas são cada vez mais escassos. “Mais do que revitalizar edificações degradadas, seja devido ao tempo ou má conservação, o processo tem como foco a adequação do espaço às necessidades estruturais e tecnológicas de novas demandas”, destaca o arquiteto David Vital Brasil Ventura, professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

Em geral, o retrofit é adotado em edificações de importância histórica e com restrições de preservação. Neste caso, criam-se condições para as novas funções que favoreçam seu uso. Além disso, é também recomendado quando a construção representa um marco importante à região ou quando o processo for mais rápido do que uma construção nova. Vale lembrar que não há limitações quanto ao uso de edificações tombadas, desde que essa nova destinação não seja conflitante com seu potencial de uso. Por isso mesmo, existem níveis de preservação.

Nesses casos, antes de qualquer intervenção, é necessária uma análise pelos órgãos de preservação (municipal, estadual ou federal). “Às vezes, antes do tombamento, o edifício foi muito alterado, o que dificulta sua restauração, necessitando de uma profunda pesquisa em documentos que atestem as características originais. Na dúvida, é melhor não fazer. Esta, aliás, é uma das diretrizes da Carta de Veneza (carta internacional sobre a conservação e o restauro de monumentos e sítios)”, ressalta Ventura.

Hospital do Câncer A.C. Camargo


Perspectiva da fachada do Hospital A.C.Camargo.O objetivo é criar a identidade visual entre os vários blocos, com definição clara entre o objeto restaurado e o conjunto edificado adjacente


No entanto, existem casos de tombamento de apenas alguns elementos da edificação. Nesse sentido, a busca por tecnologias construtivas, que durante as intervenções afetem o menos possível todo o conjunto, é uma constância entre os arquitetos. Um exemplo é o Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo, projetado por Rino Levi, em 1947. Dada as características dessa tipologia de obra, que internamente necessita de rearranjos e atualizações periódicas, apenas as fachadas foram tombadas.

O responsável pela restauração do complexo hospitalar, o arquiteto Nelson Dupré, que nos últimos anos tem atuado na recuperação de patrimônio edificado, esclarece que uma premissa em casos como este é evidenciar todas as modificações realizadas. "Normalmente costumamos trabalhar com materiais diferentes daqueles utilizados na construção original. Nesse sentido o aço é fundamental tanto pela leveza estrutural quanto pela facilidade de montagem, uma vez que não interfere na construção preexistente.

Se não for possível, alteramos um pouco a configuração, porém destacamos a intervenção”, diz. De acordo com o arquiteto David Vital Brasil Ventura, um dos maiores desafios é justamente conseguir este diálogo entre o bem tombado e os novos volumes. “Costumo dizer para meus alunos da disciplina de Técnicas Retrospectivas (Patrimônio Histórico) que esta comunicação pode ser conseguida por meio da composição de diferentes volumetrias, gabaritos ou elementos de fachada. Lembrando que o contraste é desejável, porém, o conflito nunca", afirma.

No Hospital do Câncer A.C.Camargo a proposta foi criar uma identidade visual entre os vários blocos do complexo e destes com outras unidades da instituição. Para tanto, estabeleceu-se uma definição clara entre o objeto restaurado e o conjunto edificado adjacente, evidenciado por seus volumes. Para chegar a tal resultado, o arquiteto Dupré esclarece que foi necessário um elemento de contraposição entre as edificações, porém inserido de forma harmônica com a fachada histórica vizinha. "Utilizamos chapas perfuradas metálicas sobre as fachadas de todo conjunto lateral, e também nas coberturas dos blocos, solução que proporciona total transparência para quem está dentro do prédio, mas nenhuma para quem está fora", conta.

Assim, o projeto é composto pela restauração das fachadas dos blocos A, C e D (objetos do tombamento), ao mesmo tempo em que resgata a imagem inicial do conjunto graças ao redesenho das fachadas do bloco B (não tombado) e a criação de novas circulações com o bloco A – além da execução de um novo volume para a circulação vertical na fachada leste do bloco A. Todos os elementos foram projetados com o uso de estrutura metálica em aço.


Fonte:metalica.com.br



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