Quinta-feira, 28 de Março de 2024
O primeiro artigo publicado no espaço “Desenho Universal” realmente levou à reflexão, à ação, ao debate de idéias. A quantidade e a qualidade dos comentários e a forma entusiasmada como o espaço foi recebido entre os profissionais, entidades e pessoas ligadas à questão da acessibilidade nos levou a transcrevê-los abaixo visando estimular a interatividade. E chegaram de várias partes, não só Brasil, também de Portugal, da Espanha, de pessoas cegas...Uma riqueza.
Vamos à ação. Que venham mais reflexões, sugestões, caminhos e dúvidas.
“O conceito de desenho universal para uma pessoa considerada”normal", atente que a palavra normal está entre aspas, não existe, pois para essas pessoas tudo o que se faz é para elas...”.
O conceito de desenho universal era algo que me passava completamente ao lado antes de ter adquirido uma deficiência, neste caso a cegueira total.Até esse dia tudo o que tocava com deficiência não fazia parte do meu dia-a-dia!
Nunca tinha tido contato direto com alguém portador de deficiência, nunca li nada sobre o assunto e tudo o que sabia era simplesmente através de alguma comunicação social que... fazia propaganda ou publicidade de uma desgraça ou de um super-herói... pensava eu!!!
Devido a este pormenor não critico aqueles que desconhecem esta realidade, critico sim aqueles que com lugares e postos de responsabilidade descuram que pessoas portadoras de deficiência existem e são parte de uma sociedade que apelem para que seja livre de pré-conceitos, igual e tudo mais!!!
O conceito de desenho universal para uma pessoa considerada "normal” (atente que a palavra normal está entre aspas) não existe, pois para essas pessoas tudo o que se faz é para elas...
Os surdos, cegos, deficientes motores, etc ficam sempre relegados para segundo plano, pois numa sociedade aberta com uma economia global e flexível tudo, mas tudo tem de dar lucro!!!
Neste ponto, e como o desenho universal acarreta muitos custos que não são reembolsados .. em dinheiro, entenda-se, pelo menos diretamente e para a mentalidade de quem governa e decide, estamos e infelizmente estaremos à mercê de pessoas como o MAQ e muitos outros que na sua vida profissional e mesmo pessoal dão muito para esta tão nobre causa.
Agora falando do desenho universal propriamente dito.. Eu sou uma pessoa muito otimista por natureza, mas neste caso acho que nunca verei o desenho universal na sua plenitude.
Como escreveu no seu e-mail, é muito trabalhoso, dispendioso e por vezes tecnicamente difícil. Na nossa sociedade atual isso é impossível de se desenvolver, pois não depende de um MAQ, Godinho, etc, mas sim de uma reunião de esforços de universidades, governos, comunidade portadora de deficiência, etc, e esta reunião de esforços têm de ser e estar numa mesma linha orientadora, o que não me parece!Infelizmente!!!
Imagine a minha, nossa vida, a dos cegos sem um leitor de ecran?
Claro que eu, que adoro cinema, filmes e tudo o que diz respeito aos meios audiovisuais, adorava ver filmes e documentários áudio descritos, notícias que por vezes passam em árabe ou mesmo em alemão, holandês que em vez das normais legendas tivesses uma áudio-tradução, etc... Mas isso seria ouro sobre azul!!!
Penso que a comunidade portadora de deficiência tem de trabalhar para se tornar parte da sociedade com valor, em postos com poder de decisão e de discussão para podermos em causa própria lutar pelos nossos direitos!
Vamos ver como fica esta das televisões digitais!!!!
Abraços inclusivos do Pedro Lima
pedroslima8@gmail.com
“Acessibilidade e inclusão social, quanto mais crescem, mais aproximam a sociedade do desenho universal. Por que fazer o serviço pela metade? Se faz para cego, porque não para cadeirante? Por que não para surdo? “
Logo que fiquei cego, em 1978, aos 21 anos, tudo era muito mais repressor. Se hoje muitas vezes nos sentimos sufocados por não termos acesso a isso ou aquilo, e não vou dizer os nomes dos porquês nos sentimos sufocados porque poderia ser injusto com algo e esquecer, naquele tempo as coisas eram absurdas. A sociedade que hoje nos parece ignorante, naquela época ainda o era mais que isso. Justamente por perceber a coisa assim é que me animo em fazer algo, porque conheço a diferença e para mim ela é nítida. Vivemos em sociedades diferentes. O que alguns amigos portugueses por vezes me falam no Skype, ou aqui mesmo nessa lista, são um pouco diferentes que sinto aqui no Brasil. Por vezes fico boquiaberto com algumas conquistas de vocês e acho que estamos atrasados por aqui e, outras vezes, percebo coisas por aqui com as quais sinto muito prazer e liberdade de estar acontecendo conosco.
O fato inquestionável é que estamos dando as caras, estamos tendo mais espaço no mercado de trabalho, seja na marra (por aqui isso quer dizer, pela força), seja por alguma iniciativa social e agora por causa de lei. 5% das vagas em concurso público em empresas de mais de 100 empregados têm de estar ocupadas por pessoas com deficiência. Isso significa pessoas com deficiência dando as caras nas empresas, no mercado de consumo, nas ruas mais cônscias, mais politizadas, mais pessoas com um comportamento social comum. Os preconceitos não acabam, mudam. No entanto, mudam para melhor, dando um pouco mais de espaço, questionando, alterando conceitos, abrindo aos poucos mais as portas para nós.
Em 1981, quando fui empregado em uma empresa do governo de processamento de dados, o SERPRO, eu andava na rua para ir ao trabalho e me sentia mais ou menos como um marciano. Tinha gente que se aproximava para dizer que eu deveria ir para casa, que lugar de cego não era na rua, etc... Quando eu dizia que ia trabalhar, alguns chegavam a dizer para mim... "coitadinho", o governo é culpado, você cego desse jeito tendo de ir trabalhar para sobreviver!”. Hoje tantos cegos trabalham para sobreviver que o espanto é quando uma pessoa com deficiência intelectual faz isso. Avançamos ou não? Já houve época que as pessoas com deficiência intelectual ficavam trancadas em casa ou, quando não, em manicômios”.
Algumas ainda ficam trancadas em casa e até maltratadas, mas a sociedade está mais atenta, afinal, novela existe para que? (risos).
Já escrevi muito disso por aqui, mas pode ter certeza, acredito na evolução do consenso da sociedade de que somos, realmente, pessoas. Além disso, de que somos pessoas que podem ser produtivas. Isso é muito lento, mas vai acontecendo.
Pedro, você é um cara que entrou nessa realidade de ser cego e foi logo à luta, foi trabalhar, é um exemplo de reabilitação e, possivelmente, de inclusão no trabalho. Apesar de você achar que isso é só para você, não é! Você é um multiplicador da consciência social de que um cego pode trabalhar, ter alguma autonomia e de que, para sua autonomia ser maior, são necessárias atitudes que todos devem tomar para uma sociedade mais justa. Se você olhar para os lados verá muitos como você. Isso vem crescendo. Na época do quase vovô aqui, há 30 anos atrás, eu podia contar os cegos que tinham carteira assinada no Rio de Janeiro. Hoje seria uma brincadeira tentar contar, mas conheço mais cegos empregados do que cegos sem empregos no Rio, apesar da imensidão numérica que é o desemprego no Brasil.
Ufa, e o desenho universal com isso?
Acessibilidade e inclusão social, quanto mais crescem, mais aproximam a sociedade do desenho universal. Por que fazer o serviço pela metade? Se faz para cego, porque não para cadeirante? Porque não para surdo? Só se for pelo desconhecimento ou pelo dinheiro a ser empregado.
De qualquer forma, já desfrutamos de algumas conquistas do passado e as pessoas de hoje desfrutarão, com certeza, do que se faz hoje. Não adianta pensarmos que desfrutaremos de desenho universal nos objetos, meio ambientes, na mentalidade social, na cabeça de todos os designers, arquitetos e produtores de hoje. Quando lutamos por algo hoje é para acontecer, com certeza, amanhã. A lei de cotas no Brasil é de 1991, caso não me engano, e só hoje podemos colher seus frutos. Os frutos do desenho universal os teremos, com certeza, quando não for preciso mais lei de cotas para estarmos em iguais condições de competir com pessoas sem deficiência. Seremos iguais, um dia, com todas as nossas diferenças.
Audiodescrição e desenho universal
Caro Pedro, se inclua entre as pessoas que fazem e acontecem porque você já aconteceu. Se quiser ajudar ainda mais, lute pela audiodescrição, que você tanto deseja, em seu país. Eu, por acaso, nunca lutei pela audiodescrição especificamente, nem tinha noção de como ela seria. A audiodescrição caiu no meu colo graças ao Paulo Romeu, este sim, um grande divulgador e batalhador dessa e outras questões de acessibilidade, e por causa de Lara Pozzobon, que trouxe a idéia do Festival Assim Vivemos da Alemanha para o Brasil, por acaso em minha cidade e não na do Paulo Romeu. O engraçado é que os vizinhos de vocês, os espanhóis, são grandes difusores da audiodescrição. Um dos filmes do festival e que eu tinha como um dos premiáveis, foi um filme espanhol chamado "O Óbvio e O Obtuso", justamente que mostrava ao público um cego assistindo um filme audiodescrito. Logo após, como era narrado que a personagem do filme audiodescrito ia até a janela com um cigarro na mão, abria um pouco a cortina da janela e olhava para fora. Quando a audiodescrição acaba, no próprio filme, o cego diz para a cineasta que o observa, que paisagem ele acha que a personagem viu quando abriu um pouco a cortina e olhou para fora. Daí, conforme ele vai narrando, um processo inverso ao da audiodescrição é feito, que eu denominei de imagemdescrição, ou seja, a cineasta começa a colocar imagem na narrativa do cego e ele, sem querer, acaba fazendo a audiodescrição de um filme que não existia antes.. Muito bom. Um dia a audiodescrição será algo comum. Até lá, dá para se emocionar quando escutamos a audiodescrição no cinema. Atualmente o Centro Cultural Banco do Brasil, depois do festival, está promovendo a passagem de um filme por mês audiodescrito. Dia 1 de setembro foi o primeiro e eu estava em Angra dos Reis dando um curso de acessibilidade, agora o mesmo filme terá reprise dia 15.
Acho que em novembro será a vez do "Janela da Alma", filme que eu sempre critiquei por ter um conteúdo maravilhoso e, boa parte, inacessível a cegos devido à boa quantidade de cenas mudas, apesar de, em grande parte, serem depoimentos. No final, pouco antes de passarem os créditos, aparece o parto de uma criança que, no segundo anterior de começarem os créditos, abre os olhos para ver o mundo. Daí começa os créditos. É uma cena belíssima e, no entanto, inacessível para cegos sem a áudio-descrição.
Aí pessoal, de braços dados com o desenho universal! (risos).
Abraços amigos do MAQ. Bengala Legal - Cegos, Inclusão e Acessibilidade: www.bengalalegal.com
Pedindo opinião:
“Na minha área, da acessibilidade da arte, gostaria de pedir uma opinião a vocês. Estou montando um projeto de audiodescrição em salas de cinema...”.
Estive recentemente em Recife em um Workshop sobre Acessibilidade e conheci uma arquiteta de São Paulo que trabalha com desenho universal, uma argentina que mostrou a acessibilidade no parque das Cataratas do Iguaçu (lado argentino), os designers de Recife, especialmente Paulo Oliva, que organizou o evento, diversas pessoas interessantes que trabalham e produzem muito pensando nessas questões.
Na minha área, da acessibilidade da arte, gostaria de pedir uma opinião a vocês.
Estou montando um projeto de audiodescrição em salas de cinema. Vou apresentar tanto em empresas como em esferas de governo.
Como todo projeto pioneiro, é necessário começar aos poucos e com cautela. E gostaria muito de contar com a ajuda de vocês, os maiores interessados na audiodescrição e bem-informados sobre esse universo.
Minha intuição diz que eu devo sugerir um sistema de horários variados, com uma freqüência razoável, em um certo número de salas de algumas cidades.
Tudo vago, mas vamos adiante: penso que devo deixar que a programação normal dessas salas de cinema se sobreponham aos meus horários, sem que eu interfira nisso. Quero dizer, devo deixar que o acaso determine quais filmes serão exibidos nas salas que possuem acessibilidade?
Desse modo, seriam filmes da programação normal daquelas salas. Ou seja, se for num cinema do tipo Arteplex, serão filmes de arte e também filmes um pouco comerciais. Se for no Cinemark, serão basicamente blockbusters americanos.
Acho que esse acaso daria mais naturalidade ao conjunto de filmes oferecidos com audiodescrição (a "naturalidade" entre aspas, de mercado, bem entendido).
O que acham?
No outro lado do meu trabalho, tenho o Festival Assim Vivemos, que só é apresentado com audiodescrição e legendas descritivas, e esse sim, é um festival temático, apenas com filmes que tratam de temas da deficiência.
Por isso, no projeto da audiodescrição, acho que não devo nem tentar interferir na programação.
Adoraria saber suas opiniões.
Um abraço,
Lara Pozzobon.
www.assimvivemos.com.br
www.lavoroproducoes.com.br
Acredito que em inúmeros lugares, a maioria deles, esteja muito difícil mesmo. No entanto, assim mesmo, ainda me sinto feliz porque já foi muitíssimo pior, pode acreditar.
Realmente, a primeira tarefa que o trabalho cumpriu em minha vida depois da cegueira foi o de auto-afirmação. Essa auto-afirmação começou na faculdade, pois fiquei cego nas férias e estava fazendo faculdade. Três meses depois de ficar cego recomecei a faculdade, só que em outro lugar e aí já estava começando minha auto-afirmação. Posso te dizer uma coisa com certeza: toda a luta vale a pena, pois as conquistas pessoais mesmo pequenas, são enormes. Quanto às conquistas coletivas... são mais morosas, mas vale a pena mesmo. Por mais preconceituosas que sejam as pessoas e nós mesmos, as crianças com deficiência de hoje já podem encontrar ambientes mais favoráveis e uma sociedade tremendamente mais aberta. E, afinal, se não formos fortes, ninguém sobrevive numa sociedade de bilhões de habitantes, pensamentos e experiências. A diversidade do mundo não é só a nossa!
Abração amigo, acessível e fácil de usar do MAQ.
Bengala Legal - Cegos, Inclusão e Acessibilidade: www.bengalalegal.com
Assunto: Re: [acessibilidade] Re: Texto de abertura da coluna "Desenho Universal" A propósito de "siempre sobra algo"
MAQ, obviamente estamos nesta luta juntos, todos!
Uma coisa é lutar por atingir determinados objetivos a curto, médio e longo prazo acreditando que eles um dia mais cedo ou mais tarde poderão acontecer, outra coisa é lutar por lutar!
Faço tudo por tudo por tentar adaptar.me dando um bom exemplo a todos que me rodeiam, tento encarecidamente em ajudar pessoas portadoras de alguma deficiência em se incluírem na sociedade de alguma forma, mas digo com muita honestidade, a coisa não está fácil!
Impossível não é, pois não acredito em impossíveis, mas. que está difícil, lá isso está!
Falando resumidamente e claramente, nós, pessoas portadoras de deficiência temos uma boa forma de nos incluirmos, que é a inserção no mundo do trabalho para podermos ser vistos como pessoas que colaboram para a economia de um país, para conseguirmos fazer ver à sociedade que apesar de possuirmos uma deficiência somos pessoas normais, válidas, mas precisamos também para nós próprios, para a nossa auto-estima, ego e , sobretudo para podermos viver, pois amor e inserção não chega para comprar comida, para termos as nossas coisas!!!
Neste sentido digo, aqui em Portugal a coisa está dificil, bastante difícil!
Acredito que um dia melhore, mas.. está difícil!
Abraços
Pedro Lima
Fiquei muito feliz com a acolhida que o texto teve - por pouco não se transforma em lista de discussão!
Agradeço a você e a todos os amigos por esta oportunidade. Depois que a coluna estiver publicada, enviarei às listas das quais participo, freqüentadas majoritariamente por pessoas com deficiência. Daí minha preocupação com a acessibilidade do site, pois é preciso percorrer um caminho até chegar a esse espaço.
Esse ponto certamente será levantado pelas pessoas, que cobram coerência.
O tema é crucial para a inclusão e tenho certeza que contribuiremos para o avanço do processo.
Marta Gil
“ Olhei para mim mesmo como ponto e disse: sou um desenho universal!”
Entendo você perfeitamente e é essa minha luta ao lidar com acessibilidade
na web. Sei que um site com acessibilidade universal é o ideal, da mesma
forma que sei que se propor isso a um cliente, ou aos clientes que tive e
tenho não terei trabalho jamais. Minha página, por exemplo, parece próxima
do desenho universal: pode-se vela harmonicamente em qualquer resolução (800
x 600, 1024 x 768, 1200 x 1024 tanto por uma telinha de celular -
dispositivo móvel); se quiserem aumentar a letra para quem tem vista cansada
ou enxerga mal se pode fazê-lo pressionando o A+ que tem no topo de cada
página; o contraste de cores é bom para daltônicos e baixa visão, qualquer
leitor de tela o lê perfeitamente, qualquer navegador, e não somente o
Internet Explorer, o projeta bem na tela, pessoas com pouca destreza manual
e que não se utilizam de mouse têm uma ótima navegação via teclado etc...
mas... como fazer para que surdos que não saibam o português e sim somente
LIBRAS, língua de sinais, leiam a página? Não tenho grana para o player
Ribená que é um software brasileiro que você marca o texto na tela e clica
no software e sai um bonequinho fazendo os sinais, ele custa 1500 reais e se
eu for empregar em minha página serei posto para fora de casa com toda a
filosofia do mundo. Como um analfabeto poderá ler meu site? Ele teria de ter
todas as suas páginas sonoras. E porque não? São apenas 270 páginas que a
Bengala Legal tem... e por aí vai... e, além disso, tudo, têm-se de agradar a
quem enxerga bem e quer entrar e navegar em uma página agradável, bonita,
organizada. A gente luta, luta por acessibilidade na web, acessibilidade no
mundo, acessibilidade nas mentes para podermos funcionar bem com nossas
deficiências e na hora de fazê-la inteiramente, com o cliente olhando para
você (ainda bem que sou cego), pensa-se... bem, senhor cliente, eu farei a
página a mais flexível possível, a mais bonita possível, a mais fácil de
navegar possível, a que vai receber o maior número de pessoas possível, com
a maior diversidade possível,... E a página, em minha cabeça, começa a se
degradar, a ser comida por uns bichos estranhos pelas beiradas, começa a
fazer uma careta para mim, ficar enrugada e a gritar! Socorro!
Resolvo o problema para cegos, baixa visão, analfabetos, surdos e...
Caramba, esqueci dos surdocegos! Acabo achando que universal só Deus mesmo
e, pobre de mim, sou ateu! (risos).
Bem, amiga Paula, mas... E se não fosse o conceito de desenho universal? Eu
não teria esses problemas, os empresários não olhariam para mim com cara de
bobos, pior, com cara de que estão vendo um maluco e, pior ainda, sou maluco
mesmo! Culpa do desenho universal. Será que o sujeito que inventou isso não
poderia fazer um desenho mais restrito um pouquinho? Acho que ele deve ter
um cabeção enorme, sem redundância nesse caso específico!
A primeira pessoa que me falou de desenho universal foi a Flavia Vital. Ela
foi me explicando, me explicando e eu fui diminuindo, diminuindo e ela
explicando, explicando. Virei um ponto final. Apenas um ponto. Um ponto
visual, sonoro, tátil, olfativo e que dava até para sentir o gosto. Olhei
para mim mesmo como ponto e disse: sou um desenho universal!
No entanto, amiga Paula, se é que você me entende em meu português mal
escrito e tão pouco universal com relação ao teu castelhano, como ponto de
um desenho universal estou universalmente comprometido e amo a
universalidade que há no ser humano. E não seria muito exagero dizer que é
por essa universalidade e por sua diversidade que vivo.
Abraços amigos, flexíveis e universais do MAQ.
Bengala Legal - Cegos, Inclusão e Acessibilidade: www.bengalalegal.com
Acessibilidade na web
”En el mundo tangible siempre falta o sobra algo. Por eso me gusta pensar en
el diseño universal en este mundo virtual que "habitamos".
En el mundo tangible siempre falta o sobra algo. Por eso me gusta pensar en
el diseño universal en este mundo virtual que "habitamos".
Como en un espejo, se parece al mundo tangible, pero no es idéntico.
En éste, es más fácil pensar un diseño flexible, que se adapte a cada uno,
donde nada sobre ni falte. ¿Lo quiero pequeño para verlo todo de una vez? Un
sitio accesible permite eso. ¿Lo necesito enorme porque veo poco? Si el
diseño es flexible, puedo. Me gustan ciertos colores y no otros; prefiero un
navegador que no es que el todo el mundo emplea; hoy no estoy en mi casa y
debo usar una computadora ajena; estoy en un lugar con mucho ruido; navego
con lectores de pantalla; no puedo usar el teclado; hablo otro idioma... El
diseño universal, cuando hablamos de Internet, se parece a una prenda que
cada uno puede adaptar a su tamaño, sin que le quede grande ni chica. Es
navegar sin perderme y sabiendo adónde estoy y cómo llegar a buen puerto,
sin pensar que a mitad del recorrido voy a encontrar un obstáculo que me
impida seguir.
Paula Maciel
O artigo de abertura da coluna é gostoso de ler, convida a pensar e cativa a participar.
Você foi muito feliz no texto Marta, Parabéns!
MAQ, adorei seus comentários, às vezes penso que você deveria estudar Filosofia.
Mais uma conquista, mais uma ação que torna real mais um sonho.
Abraços para todos,
Elisete Baruel
elisete@futurekids.com.br
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