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Em Marketing para profissionais (veja mais 113 artigos nesta área)

por Luís Sérgio Lico

Contra a Mão do Mercado



Não sei se me repito, mas acho que vale a pena. Quando o Obama foi eleito, nós aguardávamos o mundo voltar ao normal. Depois da próxima crise da Europa, a desocupação da reitoria ou face às últimas lamúrias dos ministros depostos, teremos o mesmo falso sentimento.

Mas… Não, não voltará! Pelo simples fato que o mundo nunca foi o mesmo, especialmente após as revoluções tecnológicas e sociais dos últimos 25 anos. Um quarto de século e não mais reconhecemos a rua onde moramos. Mas continuamos, de certo modo, enredados por ainda desconsiderar salvaguardas e acreditar em paradigmas quando há, na verdade, paradoxos.




Foram-se os bons tempos do chiclete com banana. O gigante despertou, mas a propaganda é de whisky! No mercado, hoje é dia de crise com laranja, acidez bancária e bolsas com cebolas ao molho grego. Mídias sem filtro e obviedades totais, há muito denunciadas por quem realmente estudou e tem experiência. Não devo correr o risco de ser original. Além destes mestres, Sexto Empírico, milênios atrás, já escrevia contra os matemáticos e a arrogância dos especialistas. No agora, estamos contra os experts, economistas, governos e corporações que fazem contabilidaudes, audiotarias e matemágicas.

Hoje, mais do que antes, as coisas não mudaram, para acalmar a multidão ansiosa, precisa-se de futurólogos para fechar a pauta das seis e chancelar as tendências imaginárias dos mercados voláteis. Todos devem ouvir opiniões frescas no jornal das oito. Precisa-se do subliminar e da crueldade: cortejos de motorneiros de metrô, acusando pelo alto-falante, os usuários pela baixa qualidade do serviço. Comissões que devem decidir o que será decidido, aprovações relâmpago antes que alguém infiltre um repórter-mirim e perguntem sobre a hemorragia ética. Precisamos de livros que nos digam sobre o óbvio, porque todos querem o sucesso, mas ninguém sabe sequer definir a si mesmo.

Quanto ao fato estridente destas informações postadas como conhecimento, modificarem sua vida, deixe-me explicar o que ocorre: todo mundo sabe o que dizer e como salvar sua empresa ou seu dinheiro, depois que tudo aconteceu. Todos apontam para onde a enxurrada vai passar e o que você deve fazer para se desesperar melhor. Não entre neste crediário e será mais feliz. Eu garanto! Aliás, quem garantia era Raul, ao dizer que todo mundo explica tudo, como a luz acende e o avião pode voar!

A coisa toda me lembra a brilhante análise de Marx no 18 Brumário de Luís Bonaparte, (alguém leu? Não? Xii! Desculpe!). Como disse alguém, a explicitação foi incrível. Pena que o fato já havia ocorrido e o relato mera reconstituição da lógica e sincronia entre os acontecimentos, a título de validação da teoria. Estas formações discursivas do opinativo não devem fazer você sentir-se desmotivado. Somente quem já está em dificuldades, especulou em derivativos ou depende urgentemente de crédito para sobreviver, sentirá a ressaca globalizada. Mas, como as marionetes, em última análise estão presas nas cordas, certamente haverá solavancos e alguns fios irão romper.

Isto significa que a maior parte da economia, incluindo eu e vocês, absorverão as mudanças. Volta e meia alguém grita: Crise! Mas, a crise não passa de uma metáfora para descrever aquilo que os especialistas perderam a possibilidade de entender. Então o Banco Central entra no samba técnico ou alguém vêm à mídia para opinar e “tranquilizar” os mercados. Ora, o mercado é você que tem dinheiro para investir. Ponto. Você também é responsável.

Naturalmente, para a massa e devido à fraqueza de nossas relações com as instituições, ou seja – nossa cidadania de segunda classe -, os cidadãos poderão arcar com mais impostos, majoração de alíquotas e criativas novas taxas de fornecimento de serviços. A grande histeria que se seguiu aos acontecimentos iniciados pelos recentes incidentes internacionais foi um alerta para as fragilidades do sistema mundial e para a falta crônica de ética nas operações dos “mercados e economias”. A mão invisível esconde a chaga do egoísmo, da ganância e das posturas aéticas, afinal quem é que mantém o preço quando há procura?

Nesta nova configuração das forças mundiais, mesmo que utopicamente podemos ter a oportunidade de demonstrar nossas maiores capacidades, entre elas de inovação e produção de excelência, sem fritar o meio ambiente ou imbecilizar a nação. Mesmo mal passados, temos talentos e se injetarmos um pouco de cultura e educação (boa educação, quer dizer valores e não o currículo do MEC) e, aproveitando a onda higienizarmos a contaminação alienígena que instrumentaliza as mentes e impele as classes mais ignorantes aos paraísos insustentáveis de consumo, sem a devida escala no respeito ao próximo, tudo andará bem.

Se ousarmos acreditar em fomentar nosso desenvolvimento através do estímulo ao conhecimento, saneamento político e racionalização das leis, daremos o salto estratégico que nos levará a liderança mundial em inúmeros setores, quem sabe, até na área tributária, tão pernóstica e ultrapassada, com seus pequenos homens preocupados em gerir empresas, tributos e pessoas como quem toca gado; maltratando a manada de milhões, apenas com o olho na rês que pode fugir.

Enquanto isso não ocorrer, teremos que conviver com estados paralelos, corrupção sistêmica e a violência em todas as esferas da sociedade. Fica também prejudicada qualquer iniciativa que garanta um pouco de justiça ou equilíbrio ao tecido social, pois é uma luta desigual do direito contra a economia de mercado, onde a sobrevivência da corporação – neste modelo, diga-se – somente é possível através do aumento incessante da produtividade, redução de custos e inovação tecnológica com domínio de novos mercados. É o triângulo do diabo!

De qualquer modo, não vivemos mais uma era romântica, onde os homens, livres do trabalho, se dedicariam a outras coisas. Nem podemos mais nos permitir ser ingênuos, pois todo o grito de luta, ao mesmo tempo esconde o interesse particular. Tempos, certamente difíceis, onde não há um lado “certo” à escolher e um motivo realmente justo por que lutar, excetuando-se, como disse, a resistência contra as corrupções.

O lado bom disto é que a inteligência e as competências são desafiadas a todo o momento e isto nos traz realização pessoal, retorno profissional e social caso consigamos manter o curso dos acontecimentos. O lado negro da força é que a economia e os mercados dominam o modus vivendi das empresas e acabam detendo o controle de todo o processo organizacional onde ignorarão os danos físicos, éticos e psicológicos causados pelo excesso de pragmatismo e objetividade, em função apenas dos resultados pretendidos e exigidos de quem trabalha. Quase igual ao que o fisco e os bancos fazem com você, brasileiro. Afinal, ninguém chega aos bilhões, se não quebrar alguns ovos… quer dizer, cobrar algumas taxas.

Uma solução para nossa espécie é que, se atualmente vivemos em rede, interconectados, podemos multiplicar esforços. Por isso, somente quando todos participam é que pode haver melhorias. Mesmo que semeando idéias e falando do óbvio.



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