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Em Arquitetura - Terapia de Ambientes (veja mais 17 artigos nesta área)

por Arq. Aline Mendes

O Feng Shui e a Arquitetura



este artigo é a reprodução de um diálogo com um visitante do site (www.alinemendes.com.br). Não pretende nem de longe abordar todos os aspectos da questão, nem esgotar o assunto.


Meu objetivo, ao contrário, é iniciar uma discussão de bom nível sobre o tema, e assim contribuir para esclarecer tantas concepções errôneas acerca do Feng Shui divulgadas através dos meios de comunicação.

Cara Aline,

Antes de qualquer coisa gostaria de parabenizá-la pelo seu site e pelas suas qualificações. Admiro pessoas que se dedicam a estudar seriamente qualquer que seja o assunto, que me parece, é seu propósito com relação ao feng shui. Entretanto, tenho algumas dúvidas, e por assim dizer, críticas com relação ao feng shui. (…) Assim, se possível, gostaria de sua breve opinião com relação à alguns pontos:

As técnicas aprendidas na faculdade de arquitetura (iluminação, circulação, ventilação, composição, materiais, etc) não são muito mais profundas e elaboradas do que o que propõe o feng shui? O que quero dizer é, será que se for feita uma pesquisa sobre espaços arquitetônicos nos quais as pessoas têm seu bem estar maximizado (sim eu li o que você escreveu sobre bem estar em http://www.fsrc.com.br/t-fs-mitos.html) não se chegará a conclusão de que os bons arquitetos, munidos do pleno conhecimento das técnicas aprendidas na faculdade, colocam em suas obras elementos fundamentais do feng shui naturalmente?


Algumas teorias do Feng Shui coincidem não somente com normas da boa arquitetura, mas com simples bom senso. Uma arquitetura de qualidade, feita com consciência de todos os elementos a que você se refere, terá muito mais chances de trazer bem estar e qualidade de vida a seus habitantes.

No entanto, como digo no texto que você menciona, o Feng Shui lida com muito mais do que o simples bem estar. Por exemplo, podemos ter uma casa projetada com todo o rigor técnico e apuro estético, e ela pode ser ou não energeticamente favorável do ponto de vista do Feng Shui. Isso porque a distribuição das energias, segundo o método das estrelas voadoras, é definida com base na orientação magnética e ano de construção.

Se uma casa possuir uma energia extremamente prejudicial em sua porta de entrada, mesmo que seja linda e confortável, ela trará efeitos ruins para a vida de seus moradores. Se a casa vizinha for exatamente igual, porém construída em um período diferente, e em decorrência disso a energia na porta de entrada for extremamente benéfica, sem dúvida essa segunda casa trará muito mais benefícios aos seus moradores.

Mas os benefícios de uma boa arquitetura em relação ao Feng Shui são inegáveis. Se o mapa de estrelas (que é como se chama a distribuição de energias no Feng Shui das estrelas voadoras) de uma casa for desfavorável e ela for arquitetonicamente ruim, as chances de que a vida dos moradores seja muito ruim são maiores.

Se uma outra casa com o mesmo mapa de estrelas tiver excelentes qualidades arquitetônicas, como boa circulação, proporção equilibrada de formas, ventilação e insolação adequadas, etc, a nocividade das energias pode ser atenuada. Um bom Feng Shui não exclui a necessidade de se ter uma boa arquitetura, assim como uma boa arquitetura não exclui a necessidade de se ter um bom Feng Shui.

Tenha em mente que estou reduzindo os argumentos a um ponto de vista compreensível a um iniciante no assunto. Há inúmeros outros aspectos que me exigiriam páginas para explicar. Fique à vontade para questionar e pedir mais esclarecimentos, se achar necessário.

O feng shui, não pode, de certa forma, tolher a criatividade do arquiteto? Por exemplo, um arquiteto, na plenitude de sua criatividade, cria uma obra e então resolve analisá-la do ponto de vista do feng shui e descobre elementos importantes para o feng shui não estão presentes. O que fazer? Modificar a obra em função do feng shui e “despersonificar” sua construção ou mantê-la como previamente pensada? O que seria da inovação e da diversidade e da beleza arquitetônica se Niemeyer, Bo Bardi, Rietveld, Gaudi, Pinos entre outros tivessem aplicado o feng shui em detrimento de suas criatividades e técnicas?

Para arquitetos sem nenhum conhecimento prévio do Feng Shui, este pode representar um fator restritivo, no caso de se analisar posteriormente o projeto sob a ótica do Feng Shui. O ideal é que o projeto se baseie em um estudo prévio do Feng Shui.

Um dos conceitos básicos ensinados por meu mestre de Feng Shui é: “truth is beauty and beauty is truth”. Um projeto elaborado sob a diretriz do Feng Shui já conta com uma vantagem a mais na direção de se tornar uma construção equilibrada e harmônica, e consequentemente bonita.

Em toda a história da arquitetura, a beleza das formas sempre esteve associada ao equilíbrio e à harmonia das formas. Apenas recentemente é que arquitetura passou a ser utilizada como forma de protesto e questionamento, gerando ambientes e formas nitidamente adversas ao bem-estar. Neste caso me vem à mente principalmente o movimento deconstrutivista, embora existam outros.

Acrescentar o Feng Shui à soma dos fatores que devem ser levados em consideração em um bom projeto é um desafio a mais. E bons arquitetos adoram desafios.

O Feng Shui não é o único caminho para se chegar à harmonia nas construções. Como arquiteta, gosto de traçar paralelos entre as diversas culturas e suas formas de abordar este tema.

Há duas obras que me despertam especial interesse. “The Ten Books on Architecture” de Vitruvius, um cânon da arquitetura clássica, aborda aspectos que podem ser considerados metafísicos em relação à arquitetura. “The Timeless Way of Building” e “A Pattern Language”, ambos coordenados por Christopher Alexander, fazem parte de um estudo contemporâneo sobre os elementos da arquitetura de todos os tempos, responsáveis por suas qualidades atemporais.

Obrigada pelo estímulo e pela oportunidade de organizar meu pensamento e colocá-lo “no papel”. Não é sempre que tenho a oportunidade de responder a questionamentos bem elaborados como os seus.




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